data-filename="retriever" style="width: 100%;">
Foto: Renan Mattos (Diário)
O alerta do 3 As veio com piora em todos os indicadores analisados (casos confirmados, óbitos, internações clínicas e internações intensivas) na variação semanal. Além da vacinação, que tem defasagem no registro pelo município de Santa Maria. O comportamento da pandemia já mostrou que aumento de diagnósticos é seguido de crescente nas internações clínicas, depois em UTI, o que culmina em maior número de mortes. O alerta vem quando a maior alta ainda é no primeiro dado. Leitos clínicos podem experimentar crescente de ocupação a partir disso _ ainda que já seja sentida se analisado o longo prazo.
LEIA TAMBÉM
Pesquisadores indicam tendência de crescimento de índices da pandemia na região
Região anunciará nesta sexta as novas medidas após alerta do Estado
Em uma semana, a região teve 26,1% mais confirmações de infecções. A variação de leitos clínicos foi de 3,1% até 25 de maio. Porém, o número de internados já vinha estabilizado em um patamar alto. Em 19 de maio, o número se mantinha em cerca de 215 há quase uma semana. Um aumento de 20% veio dois dias depois (eram 238 internações em 244 leitos na região). Sequentes aumentos seguiram, e o auge foi de 242 internações.
A nível de comparação, o pior momento da pandemia em 2021 teve 330 internações clínicas, em 16 de março. A situação atual parece confortável, mas é abissalmente longe do melhor cenário do ano, em 6 de fevereiro, quando eram 71 pacientes clínicos em toda a região
- 7 de fevereiro (melhor cenário do ano) _ 72 pacientes
- 16 de março (pior cenário da pandemia) _ 330 pacientes
- 24 e 25 de maio (estabilidade em patamar elevado) _ 242 pacientes
- 27 de maio (último registro) _ 244 pacientes
Hospitais seguem no limite
Segundo o diretor técnico do Hospital de Caridade Dr. Astrogildo de Azevedo, Luis Gustavo Thomé, os hospitais permanecem operando no limite. Ele percebe uma mudança de perfil nos hospitalizados, com mais pessoas abaixo dos 60 anos. Além disso, a ocupação de leitos clínicos no hospital está próxima de 100% há cerca de 15 dias. Nos leitos de UTI, houve uma pequena queda.
Confira o calendário de vacinação contra a Covid-19 para os próximos dias
- Nós procuramos uma explicação para esse aumento da procura de leitos clínicos, mas não encontramos ainda. Ainda estamos conseguindo dar conta da demanda, porque está dentro da capacidade, mas as pessoas precisam se cuidar mais - alerta Thomé.
O Caridade tem, atualmente, 87 leitos clínicos para pacientes com Covid-19. Nesta quinta, 85 estão ocupados (97,7%). Na UTI, dos 41 leitos destinados a pacientes com Covid, a ocupação está em 85%.
- O fluxo de saída, infelizmente, não tem sido tão rápido como o de entrada nos hospitais. As pessoas com Covid-19 ficam muito tempo internadas. E os nossos profissionais de saúde estão exaustos, depois de mais de um ano de trabalho intenso - afirma.
No Husm, a situação é ainda pior. Nas últimas duas semanas, em apenas um dia a Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) não ficou com os leitos 100% ocupados. O hospital é referência no atendimento público de saúde para 42 municípios da Região Central e, além do Hospital Regional, é o único que dispõem de UTI pelo SUS na cidade
- Nosso Pronto-Socorro e nossa UTI sempre tiveram ocupação máxima ou superlotação, mesmo antes da pandemia. Mas, tínhamos um número muito menor de leitos. Agora, mesmo com a capacidade ampliada em mais de 100%, não há um dia em que a UTI não esteja lotada - afirma a chefe de UTI do Husm, Janice Soares.
*Colaborou Leonardo Catto