Fotos: Juliano Mendes/ Hemocor
Cansaço, falta de ar, fadiga. Esses são os sintomas de uma jovem paciente que passou por uma quarta cirurgia cardiovascular nesta terça-feira (9). Seus problemas no coração transformaram esse procedimento em alta complexidade. O desafio é dos profissionais intervencionistas da Hemocor, do Complexo Hospitalar Astrogildo de Azevedo, que se prepararam para a cirurgia, que integra uma série de procedimentos que ainda irão ocorrer esta semana, junto a convidados da área. Ele se soma ao já realizado na segunda-feira (8).
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O caso da jovem é considerado inusitado pelos especialistas. Uma de suas válvulas do coração tem alteração congênita e há uma perfuração. Como consequência, átrio e pulmão são sobrecarregados, causando os sintomas. O integrante da equipe do Hemocor, Fernando Pasin, 47 anos, acompanha a paciente. Antes da execução do procedimento, foram analisadas as imagens do ecocardiograma e da tomografia, e confeccionada uma prótese com reconstrução em 3D para avaliar a maneira de abordar o defeito, bem como decidir o tamanho da prótese a ser implantada para evitar complicações.
– A execução desse difícil procedimento nos mostra que cada vez mais precisaremos de novas soluções minimamente invasivas, percutâneas, para resolver problemas que vão aparecer. Isso é só mais um passo na evolução do tratamento das doenças cardiovasculares – conclui Pasin.
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Cerca de 25 cardiologistas participaram das atividades. Além de um módulo teórico, foram realizados procedimentos intervencionistas complexos, explica o responsável técnico pelo Laboratório de Hemodinâmica – Hemocor do Complexo, Romualdo Bolzani, 54 anos. Os profissionais vieram de locais como Caxias do Sul, Pelotas, Passo Fundo e de outros Estados. Entre eles está Stêvão Carvalho de Campos Martines, 53 anos, membro titular da Sociedade Brasileira de Hemodinâmica e Cardiologia Intervencionista, que veio do Rio de Janeiro para acompanhar a cirurgia.
– Estamos oficialmente reinaugurando o serviço com a troca de equipamento. Eles são usados para cateterismos cardíacos e procedimentos invasivos do sistema cardiovascular. Para celebrarmos, nada melhor do que um evento e executar na prática, com nossos colegas, para trabalhar em conjunto e melhorar a vida dos pacientes – relata Bolzani.
A projeção é que os novos equipamentos, que contam com inteligência artificial, colaborem com o trabalho e o avanço na prática intervencionista. O diretor técnico do Complexo Hospitalar, Luiz Gustavo Thomé, acompanhou parte dos procedimentos ressaltando a importância da troca de experiências:
– O complexo proporciona aos pacientes uma tecnologia de ponta. É muito importante mostramos o que nossa cidade é capaz de fazer. Outro exemplo é o caso do serviço do AVC, que deverá ser implementado em agosto.