
Foto: Coleção de Ceratopogonidae do IOC/Fiocruz
O Ministério da Saúde atualizou as orientações para vigilância e controle de Oropouche no país. A nota técnica foi publicada nesta semana. Desde 2023, o Brasil tem registrado um aumento no número de casos de Oropouche, com 11,6 mil casos confirmados até a semana epidemiológica 50 de 2024. A transmissão da doença foi identificada em 22 estados, exceto: Rio Grande do Norte, Goiás, Distrito Federal, Paraná e Rio Grande do Sul, que só tiveram casos importados.
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Até o momento, foram confirmados quatro óbitos associados ao vírus, e outros quatro permanecem em investigação. Também foram confirmados cinco casos de transmissão vertical, sendo quatro óbitos fetais e um por anomalia congênita. 24 casos de transmissão vertical seguem em investigação, sendo 20 óbitos fetais e quatro anomalias congênitas.
Além da nota, o Ministério da Saúde tem buscado fortalecer a vigilância, a assistência e a pesquisa relacionada ao vírus Oropouche, com enfâse nos protocolos de manejo, diagnóstico e acompanhamento de casos de gestantes.
Sintomas
Os principais sintomas de febre Oropouche são:
- Febre
- Dor de cabeça
- Dor nas articulações e muscular
- Calafrios
- Tontura
- Náuseas
- Vômitos
Prevenção
A prevenção e o controle são essenciais para minimizar o risco de exposição ao vírus Oropouche, especialmente em áreas com presença do transmissor. Confira as principais recomendações para proteção individual, manejo ambiental e precauções adicionais, com foco em grupos vulneráveis, como gestantes:
- Roupas protetoras: utilize calças, camisas de mangas longas, meias e sapatos fechados para cobrir áreas expostas do corpo.
- Evitar exposição ao transmissor: reduza o contato com os maruins, que têm maior atividade ao amanhecer e no final da tarde.
- Uso de telas e mosquiteiros: instale telas de malha fina (com gramatura inferior a 1,5mm) nas janelas e mosquiteiros para bloquear a passagem do vetor.
- Repelentes: embora a eficácia contra maruins não tenha comprovação, o uso de repelentes é recomendado para proteção contra outros insetos, como Culex e Aedes aegypti.
- Manejo ambiental: a principal medida de controle é a manutenção do ambiente limpo, evitando o acúmulo de material orgânico, como folhas e frutos de plantas.
- Cuidados com gestantes: As grávidas devem evitar atividades que envolvam risco de exposição ao vetor, como a limpeza de quintais.