‘Era uma pessoa humilde, carismática, sempre rindo’, conta irmão de vítima de acidente de carro na BR-290

Um acidente entre um ônibus e um carro resultou na morte de Denis Dorneles, 27 anos, e outras duas pessoas feridas na BR-290 em Rosário do Sul, no início da manhã de domingo (24). O acidente aconteceu entre um carro e um ônibus, por volta das 6h15min, no KM-476 da rodovia.


Sonhos interrompidos

Denis Dorneles da Fonseca, mais conhecido pelo apelido "Gui", era o segundo mais velho de uma família de oito irmãos, três homens e cinco mulheres. Casado com Kamily Rodrigues Colman, teve o filho Pitter, 2 anos. Adorava fazer churrasco aos domingos e, junto com os irmãos Wilian e Jackson, praticava nos gramados e nas quadras de areia uma das maiores paixões que ele tinha na vida: o futebol. Fascinado por esporte, ele queria passar o legado adiante para o filho, que mesmo pequeno, já gostava de brincar de bola com o pai:


— As duas coisas que ele mais amava era o filho, que é a cara dele, e o futebol. Em campo era onde ele entregava a alma, tanto que a gente tem um time, o Progresso Futebol Clube (PFC), com uniforme e tudo. A gente fundou o clube juntos e tinha planos de estrear ainda esse ano no futebol 11. E quando ele chegava em casa nos finais de tarde, ele jogava bola com o filho. Era só avisar "o pai chegou", que o Pitter já saía correndo — conta Wiliam, o irmão mais velho de Denis.

O companheirismo dos irmãos transcendia os laços de sangue e também do esporte. Wilian e Denis se entendiam tão bem que o irmão mais velho o define como "alma gêmea" e comenta que, apesar dos 11 dias de diferença entre a data de aniversário deles, eles sempre organizavam a festa de aniversário juntos. Entre os momentos bons que viveram, Wilian se recorda dos inúmeros jogos de futebol e também do momento em que deu o apelido "Gui" para o irmão:

— Ele sempre quis que o nome dele fosse Guilherme, aí desde pequeno eu comecei a chamar ele de Gui. Pegou tanto que até nas redes sociais o nome dele é "Guii" e não Denis — conta.


Carreira no Exército e legado

De acordo com Wilian, o irmão era conhecido pelo carisma, humildade e pelo espírito guerreiro que tinha. Para além do trabalho, viajou diversas vezes com o time de futebol PFC para Torres, Alegrete e outras cidades que recebiam campeonatos.

Recentemente, os planos profissionais de Gui haviam mudado. Ele saiu do Exército, comprou um carro e guardou um dinheiro para investir e realizar o sonho de trabalhar com o irmão na safra de soja:

— Acabou levando ele, mas era o sonho dele também ter esse carro, né? Ele comprou o carro e me falou que guardou um dinheirinho separado para abrirmos nosso próprio negócio — conta.

Para Wilian, o legado que Denis deixa é inspiração para amigos, família e para todos que conviveram com ele:

— Era uma pessoa humilde, carismática, sempre rindo. Não levou inimigo nenhum. Nunca se envolveu em briga. Tinha muitos amigos e amigas, todo mundo queria ele bem — resume



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