Foto: Nathália Schneider (Diário)
A queda de árvores de grande porte em Santa Maria foi um dos transtornos causados pelo temporal que atingiu a cidade na última terça-feira (16). Conforme a Defesa Civil, foram 32 casos de árvores caídas e centenas de registros de problemas causados por galhos. Em uma das situações, a casa de uma família foi atingida por uma árvore na Rua Marechal Rondon, no Bairro Carolina, enquanto duas pessoas estavam no local. Ninguém ficou ferido, mas houve perda total da residência. Em outro caso, registrado na Rua Senador Florêncio, no Bairro Menino Jesus, uma árvore desabou sobre um carro que estava estacionado. O veículo ficou com o teto destruído.
Em ambas as ocorrências, as pessoas afetadas relataram que já haviam comunicado a Defesa Civil sobre o risco que as árvores traziam para o local e a necessidade de corte, mas não obtiveram retorno.
Avaliação do serviço
Em entrevista à Rádio CDN (93.5 FM), o prefeito de Santa Maria, Jorge Pozzobom (PSDB), afirmou que reconhece a necessidade de atender de forma mais rápida às solicitações para corte de árvores que apresentem risco de queda na cidade. Segundo ele, um mutirão para avaliação dos pedidos será realizado pela Secretaria de Meio Ambiente e Defesa Civil.
– Precisamos reavaliar a questão do corte de árvores para impedir que elas caiam e acabem matando uma pessoa como já ocorreu em outras cidades. São muitos pedidos, alguns são procedentes e outros são improcedentes. Por isso, a partir de agora vamos fazer um trabalho conjunto com a Defesa Civil e aqueles casos que entendermos serem um risco, vamos buscar resolver. Temos obrigação de fazer isso, por mais que não tenhamos uma equipe grande da Secretaria de Meio Ambiente – afirma o prefeito Jorge Pozzobom.
Conforme o superintendente da Defesa Civil, Adão Lemos, o órgão estuda a possibilidade de adquirir novos equipamentos que facilitarão o trabalho de avaliação, poda e corte de árvores no município. Atualmente, a Defesa Civil é responsável apenas pela avaliação do local e emissão de licenças para retirada das árvores. A realização do serviço em áreas públicas é uma atribuição da Secretaria do Meio Ambiente do município, já em áreas privadas, fica a cargo do Corpo de Bombeiros.
Segundo Lemos, com a melhoria da estrutura e ampliação das equipes, no futuro será possível que o órgão também passe a realizar o trabalho.
Conforme as autoridades, outra questão que dificulta o trabalho é o fato de que muitas das árvores de grande estão localizadas perto de construções de moradias irregulares, ou seja, já existiam antes da residência no local.
Remoção de árvores em áreas de risco em 2023
De janeiro até o final de outubro de 2023, 96 árvores de risco passaram por alguma intervenção (poda e corte) ou acabaram tombando em Santa Maria. A maior parte estava localizada no Centro. Já em 2022, durante todo o ano, 187 árvores consideradas de risco foram acompanhadas pela Defesa Civil em ações de poda, corte ou queda, sendo a maioria das unidades do Bairro Camobi.
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