Representantes dos Geoparques Caçapava e Quarta Colônia visitam um dos maiores museus de paleontologia do mundo

Representantes dos Geoparques Caçapava e Quarta Colônia visitam um dos maiores museus de paleontologia do mundo

Foto: arquivo pessoal

A comitiva da UFSM, ligada aos Geoparques Caçapava e Quarta Colônia, realizou uma visita técnica às instalações da Fundação Dinópolis, que além da pesquisa paleontológica realiza divulgação científica através de seu museu e parque temático, localizado em Teruel capital da província homônima. O objetivo da visita foi conhecer as instalações da Fundação e adquirir conhecimentos para expandir a divulgação científica interativa nos geoparques, em especial o da Quarta Colônia, destaque por seus fósseis raros.

O grupo foi recepcionado por Alberto Cobos, gerente geral da Fundação, e pelo paleontólogo Luis Mampel, que atua em Dinópolis e também em Maestrazgo. O parque temático recebeu mais de 55 mil visitantes no último verão (entre os meses de junho e agosto no Hemisfério Norte), quase o dobro dos habitantes do município de Teruel: 


– Eles possuem um centro de pesquisa, assim como o CAPPA (Centro de Apoio à Pesquisa Paleontológica), mas também possuem um grande museu e parque temático. É um lugar incrível e seria um sonho termos algo parecido – afirma o pró-reitor de Extensão, Flavi Lisboa Filho.

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História

Dinópolis é um dos maiores museus de paleontologia do mundo e também inclui sete centros paleontológicos ao longo da província de Teruel, que também estiveram no itinerário de visitas. Os territórios guardam espécies como o Aragossauro, primeiro dinossauro espanhol, encontrado na cidade de Galve ou a extraordinária descoberta em Riodeva do Turiasaurus riodevensis, o maior dinossauro da Europa. Além de fósseis e réplicas ilustrativas, as atrações do parque incluem dinossauros em 3D. 


Flavi explica que o espaço em Dinópolis tem diversas formas de interatividade, com réplicas e fósseis originais de muitos dos animais encontrados na região, o que ajuda a dar uma dimensão do tamanho, do modo de vida e do ambiente em que eles viviam. 


As réplicas existentes no local são produzidas dentro do Centro de Investigação do Dinópolis, que comporta dois laboratórios: o primeiro é para realizar o trabalho paleontológico em si, da escavação, e o segundo é para a paleoarte, ou seja, a produção das réplicas. Além disso, o espaço também conta com um parque temático com diversas atividades para serem realizadas, com atrações em 3D e interativas, por exemplo, através de realidade virtual:


– O mais bacana é pensar que tudo isso pode ser feito, também, na nossa região central, em especial na Quarta Colônia, que é berço dos dinossauros mais antigos do planeta, do período triássico. Me chamou atenção quando ouvimos eles explicarem que as pessoas vão à Dinópolis porque é lá que vão encontrar os principais afloramentos de fósseis que existem na Espanha. Não é ‘só’ para ver um dinossauro, mas é para ver os dinossauros, réplicas ou originais, no lugar em que eles realmente viviam, onde habitavam. Nós também temos essas condições – comenta o pró-reitor. 


Além das experiências e trocas de ideias, a equipe dos geoparques também retorna com sonhos na bagagem:


– Estar aqui nos fez sonhar, nos fez perceber que essa é uma possibilidade real de valorização dos achados paleontológicos da nossa região. É possível pensarmos para além do que já existe, que é incrível, mas dando conta, também, dos fósseis que foram encontrados em Santa Maria, ou em Caçapava que, embora não sejam únicos do mundo, também são fósseis de animais da Megafauna, exemplo da preguiça gigante, que poderiam estar contemplada no espaço museológico ou em um parque temático como o que conhecemos – reflete Flavi.


Durante a visita ao espaço, a equipe do local se colocou à disposição dos geoparques para dar o apoio necessário para o avanço do projeto, realizando trocas e parcerias que possibilitem com que a ideia se concretize. Flavi destacou, no entanto, que para que tal sonho seja, de fato, efetivado, é necessário, além da “boa vontade” dos envolvidos, de investimento, público, privado, ou misto: 


– Inicialmente, um projeto assim demanda bastante investimento até que o parque ou museu consiga ter autonomia financeira. A primeira parte nós já temos, que são as descobertas feitas pelo Centro de Apoio à Pesquisa Paleontológica da UFSM, que funciona em São João do Polêsine, no território do Geoparque Quarta Colônia. Agora, é preciso investimentos. Nós já temos as condições fundamentais para desenvolver algo nesse sentido, que é a singularidade de nossa região e as descobertas realizadas. A partir de agora, podemos avançar de maneira mais qualificada na construção de uma proposta para que um espaço assim se torne uma realidade para nós também – finaliza o pró-reitor.


*Com informações da UFSM

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