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A Academia Paulista de Letras

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Creio jamais ter mencionado aqui que desde 2011 sou membro da Academia Paulista de Letras. Para lá fui levado pelas mãos de um imenso amigo, José Nalini, atualmente - espero que para sempre! - nosso presidente. Nalini está a colher depoimentos dos seus 40 acadêmicos a respeito da vida e existência literária de todos. Há quatro dias (hoje é segunda-feira, 21 de dezembro), falei mais de hora e meia a propósito disso, começando a lembrar que minha vida teve início na minha Santa Maria da Boca do Monte!

Eu não ousaria, até porque não há espaço para tanto, lembrar aqui tudo quanto relembrei então. Mas há momentos da minha vida que não posso esquecer e meu coração é uma planta silvestre nascida em Santa Maria, para sempre aí. Permitam-me - isso será tudo - transcrever pequenos trechos do que estive a dizer então.

A vida me deu dois amigos, meu pai, Werner Grau, e Tania, minha mulher. Meu pai ensinou-me a serenidade e a prudência, Tania os fundamentos filosóficos do Todo e harmonizou meus passos entre a literatura, a fotografia e o Direito. Entre as lições que me passou meu pai, duas são inesquecíveis: (i) "quem mente rouba, quem rouba mata, quem mata vai pra cadeia" (não aconteceu mais do que duas ou três vezes); (ii) e na beira da lagoa, lá me atirando, "nada, senão morre!". Caminhar pelas memórias que dele conservo é como se eu escalasse o Céu e deslizasse ao seu lado desde a ponta do arco-íris!

Perdoem-me repetir momentos já lembrados nestas páginas, mas Santa Maria é poesia! Felipe de Oliveira, amigo de Álvaro Moreyra. Além de Ernâni Vanacor, que conheci quando era menino. Uma cidade de poetas. Deles dizia o Vanacor, em um poema, que há dois poetas, hoje em dia, cantando Santa Maria: Chico Ribeiro - uma fonte de água pura, Prado Veppo - um jorro de petróleo! Mil memórias me enternecendo. Meus avós, meus tios, primos e um grande amigo meu, Nelson Jobim, que nasceu na Avenida Ipiranga, em uma casa a poucos passos daquela onde nasci.

Mil histórias a contar, mas não agora! Desejo somente em síntese, agora, lembrar que lá na APL, ao relembrar minha vida, afirmei que somos múltiplos, eu também: de um lado as Velhas Arcadas do Largo de São Francisco, onde fui professor por mais de quarenta anos/ciência e o Supremo Tribunal Federal/prudência. Além disso a literatura e a fotografia de outro lado/arte.

A arte é um universo sem limites, por conta do que permaneço a produzir fotografia, poemas, letras de música e - além da jurídica (livros jurídicos publicados na Itália, Espanha, França, Alemanha e Portugal) - literatura pura, de verdade!

Posso provocá-los por conta da APL? Procurem uma canção gravada nos anos 60, Sambinha. Música de Mário Albanese cantada por Fausto Canova, arranjo de Guerra Peixe, letra de Eros Roberto Grau!

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