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Em todas as épocas da história humana, são incontáveis as inúmeras e graves dificuldades enfrentadas pelos seres matriculados nessa gigantesca escola espiritual chamada Planeta Terra. Estamos vivendo um momento em que, claramente, percebemos que o panorama mundial é sombrio e desalentador. E esse desalento, com absoluta certeza, não é o mundo que você, eu e toda a população terrena desejamos. Claro que não, pois não desejamos viver um mundo de fome, tristeza, de miséria e, principalmente, de doenças. Mas, são em momentos como esse, em que as grandes dificuldades aparecem, que poderíamos abdicar, por instantes, da nossa visão retilínea das coisas para tentar descobrir que resposta a vida está querendo nos dar. Pois, para entendermos melhor o que é o nosso planeta e a humanidade que o habita, temos, entre tantos outros caminhos, a possibilidade de nos socorrermos das explicações que a filosofia espírita nos transmite. O que, aliás, norteia os textos deste espaço. Porém, ressalte-se que cada um é absolutamente livre para aceitá-las ou não, pois essa doutrina educadora e confortadora não impõe nada, apenas expõe.
E, para iniciar, é importante termos a noção de que habitamos um planeta ainda atrasado e inferior na escala do progresso se comparado às "... muitas moradas da casa de meu Pai" que gravitam nesse Universo infinito. Pois, ainda que habitemos uma morada em que estamos sujeitos a vicissitudes, problemas, adversidades, contrariedades e crises, ficamos, nesses momentos, em dúvida e desorientados. E uma das primeiras perguntas que nos vem à mente é: onde está Deus em um momento desses que permite isso? Será um castigo divino do Criador permitir que morram milhares e até milhões de pessoas em pouco tempo ao redor do planeta como já morreram em outras crises advindas de guerras e pandemias? Não esqueçamos que o nosso mundo é um educandário e oficina para atividades nobres e não um calabouço destinado à vingança divina.
Pois, ainda que você duvide, sempre as dificuldades colocadas no nosso caminho são preciosas lições de aprendizado para o espírito habitante desse corpo que você enxerga diariamente no espelho.
Assim como a Aids, que já foi tida como um castigo de Deus contra algumas práticas consideradas indecentes, condenáveis e indecorosas, e que até hoje continuam sendo praticadas, foi, em verdade, causa e agente para a descoberta de remédios e medicamentos responsáveis pelo prolongamento da vida e cura de seres humanos, todos filhos amados de Deus.
Não esqueçamos que tudo, absolutamente tudo, tem uma razão de ser. E nesse rol de "castigos divinos" também estão as pandemias. Elas, assim como outros grandes flagelos da natureza, também trazem no seu bojo, escondidas do olhar e da percepção humana, novos avanços tecnológicos e novas descobertas no campo da ciência em benefício do progresso da própria humanidade. Infelizmente, somos espíritos ainda necessitados do mal para valorizar o bem e da doença para apreciar a saúde. É assim, tropeçando, caindo e levantando, aos trancos e barrancos, de forma lenta, mas contínua, que vamos evoluindo através dos grandes e pequenos desafios de cada dia em nossas vidas.
Uma das necessidades do ser humano converge para a ciência através do seu papel de investigar e descobrir antídotos que tragam refrigério, conforto e saúde para o corpo físico. Já outra necessidade não menos importante da humanidade, mas que sempre fica em segundo plano, é encontrarmos respostas para questões transcendentais quem intrigam a humanidade em todos os tempos. É verdade que existem muitas respostas no palco da vida, mas existem muito mais do que você possa imaginar por trás dos bastidores. Por isso, não pense que aqueles que pereceram fruto dessa pandemia morreram em vão. Claro que não, pois que tudo tem uma razão de ser. Talvez estejamos vivendo um ensejo único em nossas vidas para tentar descobrir que mensagem o Universo, a espiritualidade, Deus, seja lá o nome que você queira dar, está querendo nos passar. E para descobrir isso, você tem à sua disposição duas visões escondidas atrás das cortinas do palco da vida. Uma visível aos olhos do corpo e a outra aos olhos do espírito. A primeira, visível aos olhos do corpo, chega pronta até você através da TV, do rádio e dos jornais. Não lhe dá trabalho nenhum. Já vem empacotada, mastigada e pronta para você digeri-la. Já a segunda, requer um pouco mais de trabalho, pois exige uma visão mais ampla e abrangente e não explícita aos olhos do corpo, pois somente é perceptível pelos olhos da alma. Cabe a você escolher qual visão você vai preferir descortinar.
