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OPINIÃO: Vamos debater nas campanhas a conduta dos legisladores?


Está em curso o processo para as eleições gerais a serem realizadas em outubro. O atual momento é o das convenções partidárias de escolha dos candidatos de cada partido ou coligação. Logo a seguir, teremos os registros perante a Justiça Eleitoral e as campanhas de propaganda e arregimentação de eleitores.

O pleito deste ano para presidente da República, governador de Estado, senadores, deputados federais e deputados estaduais (ou distritais, no caso do Distrito Federal) realizar-se-á num contexto de tensões, críticas às instituições políticas, alta dose de desânimo em setores do eleitorado.

É o pleito o canal para deliberações, correções, mudanças quando for o caso. Na democracia significa a manifestação do poder originário do povo. A eleição é a oportunidade para a vontade popular manifestar-se, fazer-se ouvir, decidir.

Na nossa cultura, centramos a atenção quase que somente nos candidatos aos cargos executivos, no caso a presidente ou governador. Isso vale para os eleitores, mas também para a mídia, estudiosos e analistas. No entanto, o Legislativo tem papel muito importante, os administradores dependem de decisões e regras votadas nos parlamentos. Por isso, devemos ter o mesmo cuidado e interesse em relação aos senadores, deputados federais e estaduais a serem eleitos.

Dos candidatos ao Executivo, conheceremos ideias e programas. Serão cobrados pela imprensa sobre aos mais diversos assuntos. Muitas vezes, instados a assinar documentos com rol de quesitos sobre tal ou qual questão.

Há muita crítica na sociedade sobre possíveis excessos nos legislativos: corporativismo que os leva a proteger membros com desvios de conduta; gastos considerados exagerados com seu funcionamento; supostas mordomias ou privilégios; e assim por diante.

Grupos de eleitores deveriam se organizar para, previamente, cobrar dos candidatos a senador e a deputado federal e estadual compromissos a respeito desses temas de conduta, custo e funcionamento que consideram importantes e criticáveis nos atuais parlamentos. Não me refiro aos exageros que circulam em redes sociais, como deputado ganhar salário mínimo (não existe país no mundo com essa prática) ou aqueles que acham que parlamentar deva bater ponto diariamente na sede do Legislativo (não são funcionários, são representantes e para bem representar não precisam apenas estar lá, mas também estar aqui interagindo com seus representados, participando dos problemas e eventos da comunidade).

Falo, sim, que a correção de exageros em privilégios, a limitação de recursos aos legislativos em tempos de tamanha crise fiscal, aspectos de conduta parlamentar, deveriam integrar pautas objetos de questionamento nas campanhas e de movimentos que condicionariam o voto a candidatos de cada partido que assumissem compromissos a respeito. Se forem mesmo temas relevantes para a sociedade, fica a sugestão de que sejam aventados e cobrados fortemente nas campanhas eleitorais.

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