Golpistas seguem impulsionando publicações falsas nas redes sociais

Golpistas seguem impulsionando publicações falsas nas redes sociais

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Apesar de promessas de órgãos públicos de tentar barrar ou frear a ação de golpistas pela internet, eles seguem agindo. Recentemente, voltaram a aparecer anúncios patrocinados de sites golpistas no Instagram (ou seja, a rede social estava ganhando para mostrar essa publicação a mais pessoas). Uma das publicações patrocinadas remete à suposta promoção da Faber Castell, em que é simulada uma notícia como se fosse do jornal Folha de S.Paulo. O título diz que a Faber Castell foi condenada a vender um kit escolar por menos de R$ 160. O curioso é que, ao clicar no link, abre uma notícia em um site igual ao da Folha de S.Paulo. Na realidade, é um site falso com uma notícia falsa, em que há um link para os desavisados se cadastrarem na suposta promoção. É tudo falcatrua, mas o Instagram e a Meta estão ganhando ao fazer publicidade dessa postagem.

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Nesse mesmo perfil, “Noticias Urgentes”, outra postagem semelhante é da suposta notícia de que o Procon teria obrigado a rede Havan a liquidar seus estoques com 90% de desconto. Apesar de serem golpes já manjados, possivelmente alguém segue caindo, já que os golpistas estão pagando para o Instagram e o Facebook fazerem propaganda dessa publicação. Se são claramente notícias falsas, remetendo a golpes, como essas ferramentas permitem que essas publicações ainda fiquem no ar? Um influenciador descobriu que só numa publicidade de notícia falsa, a Meta teria recebido mais de R$ 1 milhão. Será que tem interesse em barrar esse tipo de falcatrua? E os órgãos de defesa da população, vão seguir permitindo que isso ocorra?


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Questionei o secretário Nacional de Defesa do Consumidor, da Senacon do Ministério da Justiça, Vitor Hugo do Amaral Ferreira, que foi professor de Direito e responsável pelo Procon aqui em Santa Maria. Ele pediu que eu enviasse o link da publicação, para facilitar a localização. Curiosamente, não havia essa opção nessa publicidade. E ao tentar clicar no perfil “Noticias Urgentes”, que fez essa publicação, não abria o perfil. Ou seja, é algo feito para dificultar a averiguação.
Questionei a ele se o governo federal tem tomado medidas para tentar barrar esse tipo de golpe patrocinado. Amaral afirmou que sim.

– A Secretaria Nacional de Defesa do Consumidor (Senacon) tem uma série de ações diante das fraudes e da desinformação que pode acontecer no ambiente digital. Isso vai desde plataformas de venda, ou ainda em redes sociais, a gente vai encontrar anúncios que remetem a algum link real, que muitas vezes se passa pela empresa ou por alguma instituição financeira ou por uma empresa que possa vender diferentes produtos. Ela acaba pedindo para que você se cadastre e ali você acaba informando os dados. Além dessa questão, tem vários outros casos que são simplesmente a fraude por algum anúncio que não compreenda o Código de Defesa do Consumidor ou a venda de produtos ilegais, sejam eles pirateados, que não tenham o acompanhamento dos selos de qualidade. E a Senacon, desde o ano passado, fez o monitoramento desse mercado com várias ações. Além do monitoramento de mercado, tem processo administrativo instaurado, tem medidas cautelares de retirada de anúncios. Dentro desse contexto, podemos dividir em dois grandes blocos de ação. Um é o monitoramento de mercado, que é constante, principalmente, a gente está fazendo uma nova avaliação para entender como funcionam os termos de uso dessas empresas e como funciona também a metodologia de operacionalidade deles no momento que identifica um produto ilegal, pirata, ou anúncio ilegal ou abusivo, sendo divulgado na sua plataforma, na sua rede. Nesses aspectos, temos o monitoramento de mercado e os processos administrativos, que avaliam um caso concreto e podem chegar à aplicação de uma sanção, de uma multa – diz Amaral.

Afinal, quando o cidadão estará mais protegido?

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