A Agência de Desenvolvimento de Santa Maria (Adesm) realiza, na noite desta segunda-feira (28), o Workshop de Planejamento – Titan: Hub Logístico da Região Central, no Espaço Sicredi, a partir das 19h. O evento reúne autoridades locais, lideranças empresariais e representantes do Poder Público para a apresentação do projeto Titan, que propõe a realização de um estudo de viabilidade para a instalação de um centro logístico na região central do Rio Grande do Sul.
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Segundo o diretor de Desenvolvimento e Parcerias da Adesm, Marcio Rabelo, a proposta se baseia em uma série de fatores geográficos e estratégicos que tornam Santa Maria um ponto privilegiado para a distribuição de mercadorias.
— Sabemos as potencialidades que Santa Maria tem. Ela é uma cidade privilegiada em termos de localização geográfica. Está no centro do Rio Grande do Sul e é um ponto equidistante das principais cidades aqui do Estado, onde nós vislumbramos essa possibilidade de implantação de centros de distribuição — explica.
A iniciativa ganha força em um contexto recente de eventos climáticos extremos, como as enchentes que atingiram a Região Metropolitana em maio do ano passado.
— O Aeroporto Salgado Filho, por exemplo, ficou bastante tempo inoperante e nós não tínhamos Santa Maria como uma alternativa paralela. Então, por conta desse baixo risco de alagamento aqui na nossa cidade e na região, que nós também entendemos como um fator positivo, visto que nós não estamos numa região de vales, o município tem condições de se tornar um hub logístico. Também por ser uma zona seca, nós entendemos que é um fator positivo para a implementação desse espaço — argumenta Rabelo.
O projeto Titan conta com a parceria da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) e da Universidade Franciscana (UFN), que atuam diretamente na elaboração e execução do estudo.
— O workshop de hoje é justamente para que nós possamos apresentar essas potencialidades, esses fatores positivos, sensibilizar essas lideranças e o nosso poder público municipal para que todos juntos possamos caminhar na mesma direção e trabalhar a construção desse projeto — afirma.
Esta é a segunda edição do workshop, sendo a primeira realizada em parceria com o Sebrae. Agora, a proposta é aprofundar as discussões técnicas e ouvir contribuições de lideranças locais:
— O nosso objetivo, como eu disse, é apresentar em mais detalhes, porque nós temos inclusive professores da universidade que vão apresentar de forma metodológica esse projeto. Então os objetivos, primeiro, é dar conhecimento às nossas lideranças do projeto de forma mais aprofundada ao mesmo tempo em que nós queremos a sensibilização dessas lideranças para que apoiem e se junte a esse grupo, a Adesm, para viabilização do projeto. E também, obviamente, ouvir essas demandas, sugestões, dos participantes, para que a gente possa construir de maneira coletiva o projeto — detalha.
Além do potencial para atrair grandes marketplaces, como Mercado Livre, Magazine Luiza e Amazon, a ideia também contempla uma integração com o Mercosul:
— Nós vislumbramos um potencial muito grande de conexão com o Mercosul. A gente sabe que tem países vizinhos aqui Uruguai, Argentina e Paraguai principalmente, que fazem negócios aqui com as nossas empresas brasileiras. E vislumbrando uma melhor distribuição desses produtos no Rio Grande do Sul, nós vislumbramos Santa Maria como essa grande oportunidade de termos centros de distribuição capazes de fazer essa ligação de produtos vindos do Mercosul — completa o diretor.
O estudo abrangerá todos os modais de transporte: ferroviário, aeroviário, hidroviário e rodoviário, com foco em identificar gargalos, propor investimentos e projetar impactos econômicos futuros.
— O que está se propondo é um estudo de todos os modais de transporte. Vai ser feito um estudo do modal ferroviário, do modal aeroviário, do hidroviário e do rodoviário. Esse estudo quer saber quais são as potencialidades de cada um dos modais, quais são os gargalos que cada um enfrenta, que tipo de investimento qualitativo e quanto quantitativo tem que ser feito em cada um dos modais e o quanto esses investimentos podem ser revertidos em resultados lá na frente com base em modelos já executados em outros locais. Então basicamente o projeto Titan se resume a isso — conclui Rabelo.
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