Foto: Supervisão Regional (Divulgação)
Ações ocorreram ao longo das últimas duas semanas em seis municípios da Região Central
Fiscais da Secretaria de Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi) realizaram uma série barreiras sanitárias em seis municípios da região dentro das atividades do plano estratégico do programa de febre aftosa após a retirada da vacina. As ações foram coordenadas pela Supervisão Regional de Santa Maria.
Nas últimas duas semanas, foram realizadas barreiras nos municípios de São Pedro do Sul, Jari, Mata, Formigueiro, Restinga Sêca e Agudo. Nove fiscais estaduais agropecuários, três médicos veterinários e 10 técnicos agrícolas participaram das ações, que contaram com apoio da Brigada Militar.
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Segundo a Supervisão Regional, as barreiras sanitárias visam fiscalizar produtos de origem animal e de carga viva, além de coibir o furto de gado (abigeato) e orientar sobre a febre aftosa. Foram abordados 126 veículos e emitido apenas um auto de infração por trânsito sem Guia de Trânsito Animal (GTA).
De acordo com a supervisora regional substituta, Caroline Flores Zielinski, o baixo número de autos de infração demonstra a eficiência do trabalho de educação sanitária, realizado nas atividades diárias dos servidores.
– Mais do que multar e punir, orientar os produtores e receber um retorno nessa redução das autuações e apreensões é o que buscamos – afirma.
Febre aftosa
A febre aftosa é uma doença infecciosa que causa febre, seguida do aparecimento de vesículas (aftas), principalmente na boca e nos pés de animais com casco bipartido, como bovinos, bubalinos, suínos, ovinos e caprinos. Animais doentes precisam ser abatidos, bem como todo o rebanho ao redor, medida que traz sérios prejuízos econômicos para produtores e para a própria região.
O último foco no Rio Grande foi registrado em 2001, no município de Joia. A doença levou ao abate de 11 mil animais.
Em 2020, o Rio Grande do Sul registrou a última etapa de vacinação contra febre aftosa e teve o reconhecimento de zona livre da doença sem vacinação. E em maio de 2021, a Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) concedeu a certificação internacional.
Mesmo sem a vacinação, a vigilância e a fiscalização são intensificadas nas áreas de risco, garantindo a manutenção do status de livre da doença.