AVTSM se manifesta após autorização de progressão de regime a condenados pelo incêndio da Kiss e diz que há "banalização da vida"

AVTSM se manifesta após autorização de progressão de regime a condenados pelo incêndio da Kiss e diz que há

Foto: Marlon Borba (Arquivo)


A Associação de Vítimas e Sobreviventes da Tragédia de Santa Maria (AVTSM) divulgou nota, no sábado (6), em suas redes sociais depois que a Justiça autorizou a progressão para o regime semiaberto dos réus Elissandro Callegaro Spohr, Marcelo de Jesus dos Santos e Luciano Bonilha Leão, condenados pelo incêndio na boate Kiss, ocorrido em janeiro de 2013, em Santa Maria.

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As decisões atendem ao pedido das defesas dos réus, a  partir da redução de penas determinada pelo Tribunal de Justiça, e foram proferidas nesta sexta-feira (5) pelo Juiz Geraldo Anastácio Brandeburski Júnior, do 1º Juizado da 2ª Vara de Execuções Criminais (VEC) de Porto Alegre, e pela juíza Bárbara Mendes Sant’Anna, da VEC Regional de Santa Maria.

"Quando a Justiça gaúcha reduz penas e permite que os condenados pela tragédia da Kiss progridam para o regime semiaberto, a mensagem que se transmite é devastadora:a vida de 242 jovens e o sofrimento de mais de 630 sobreviventes parecem não ter o devido valor. É a dolorosa realidade da banalização da vida", diz um trecho da nota da AVTSM.


Em 26 de agosto, a 1ª Câmara Especial Criminal do Tribunal de Justiça redefiniu as penas dos quatro condenados pelo incêndio no júri realizado em 2021. O pedido de progressão de regime do réu Mauro Londero Hoffmann ainda está em análise pelo Ministério Público.


Confira a nota da associação na íntegra

Quando a Justiça gaúcha reduz penas e permite que os condenados pela tragédia da Kiss progridam para o regime semiaberto, a mensagem que se transmite é devastadora:a vida de 242 jovens e o sofrimento de mais de 630 sobreviventes parecem não ter o devido valor.É a dolorosa realidade da banalização da vida.Cada pena reduzida, cada benefício concedido aos réus, soa como mais um golpe para as famílias que perderam filhos, irmãos, amigos e para os sobreviventes que carregam marcas físicas e emocionais que jamais serão apagadas.

A tragédia não acabou em 27 de janeiro de 2013. Ela se renova a cada decisão que diminui a gravidade do que aconteceu.A memória das vítimas exige respeito. O sofrimento dos sobreviventes e dos familiares das vítimas exige dignidade.E a sociedade exige justiça que esteja à altura da maior tragédia do país em número de jovens mortos.

Lutamos por memória, verdade e justiça, porque sabemos que somente com penas justas e coragem para enfrentar a impunidade poderemos impedir que o horror se repita.Não é vingança. É dignidade, é respeito, é amor pela vida.Porque nenhuma vida pode ser banalizada. Nenhuma tragédia pode ser esquecida".

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Jaqueline Silveira

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