Fórmula UFSM apresenta protótipo que celebra os 15 anos da equipe automobilística

Fórmula UFSM apresenta protótipo que celebra os 15 anos da equipe automobilística

Fotos: Paulo Baraúna (UFSM/Divulgação)

Em 2025, a Fórmula UFSM retorna às suas cores originais: vermelho e preto.

Em comemoração ao legado de 15 anos da equipe Fórmula UFSM, foi realizada a apresentação do protótipo FU-2025 na noite de quinta-feira (18), no auditório Wilson Aita, anexo C do Centro de Tecnologia (CT). No evento, a estética do carro foi revelada, bem como o nome do protótipo: Ares. O projeto Fórmula UFSM é uma equipe de competição universitária dedicada ao desenvolvimento de veículos de corrida. Fundado em 2010, o programa da Universidade Federal de Santa Maria incentiva os estudantes a projetar, construir, testar e competir com seus próprios carros.

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O protótipo FU-25, o Ares, representará a UFSM na competição Fórmula SAE Brasil, que neste ano acontece de 30 de julho a 3 de agosto, no Esporte Clube Piracicabano de Automobilismo (ECPA), em Piracicaba (SP). A competição tem como objetivo oferecer aos estudantes de engenharia a oportunidade de aplicar, na prática, os conhecimentos adquiridos em sala de aula, por meio do desenvolvimento completo de um projeto, exatamente como o Fórmula UFSM desempenha. Em 2024, a equipe de Santa Maria conquistou o 4° lugar geral na competição nacional.

Atualmente, a Fórmula UFSM conta com cerca de 32 integrantes, dos cursos de Engenharia Elétrica, Engenharia Mecânica, Engenharia de Produção, Fabricação Mecânica, Jornalismo e Química. O fundador e coordenador do Fórmula UFSM é o professor Mario Martins, e os professores coorientadores são Fernando Bayer, Roberto Hausen e Ronaldo Glufke.

Nome e identidade 

O nome Ares (deus grego da guerra) e a identidade visual do carro remetem à ideia de agressividade.Foto: Paulo Baraúna


 Todo ano é feito um processo de naming para decidir como será intitulado o novo protótipo, no qual participam todos os chefes dos subsistemas, junto da diretoria e dos professores. A partir do afunilamento de mais de cem nomes, chegaram a “Ares”, nome do deus grego da guerra.

Coorientador da equipe e professor de Desenho Industrial, Ronaldo Glufke explica como funciona a identidade visual do protótipo. 

— O carro tem uma cara nova todo ano. Então, tem um nome novo e, a partir de alguns conceitos atribuídos a este nome, se define toda a questão característica visual dentro dos limites formais que o carro assume. Toda essa parte de grafismos, da cor, é muito em função da atribuição simbólica que o nome define.

Uma diferença notória do FU-2025 para os últimos carros foi o retorno da cor vermelha ao protótipo. 

— Esse ano a equipe voltou a usar as cores vermelho e preto, que são as cores originais do Fórmula UFSM. Os últimos dois carros eram preto e dourado, porque era uma homenagem ao Ayrton Senna. Como são 15 anos, voltamos à identidade original da equipe — conta Gabriele Mendes. Estudante de jornalismo e coordenadora de comunicação da equipe, ela foi a responsável pela apresentação do protótipo durante a cerimônia.


Diferenciais 


 Durante o evento, o diretor técnico e o capitão do Fórmula UFSM, Gabriel Mainardi e Luiz Coelho, respectivamente, explicaram as mudanças e melhorias do protótipo de 2025. De acordo com eles, o objetivo geral da temporada é que o FU-2025 seja o melhor em todas as provas dinâmicas. Ou seja, a ideia é que a cada ano o veículo se torne mais rápido, mais forte e mais leve.

Eles também destacam algumas das inovações do Ares em comparação com os protótipos anteriores: hoops com geometria inclinada; sistema de combustível com regulador interno e linha de alimentação rígida; mangas de eixo e cubos de roda usinados em alumínio; eletroventilador com motor brushless; geometria de suspensão redesenhada e módulo de distribuição de potência.

Entretanto, o grande diferencial do carro da Fórmula UFSM em 2025 foi na parte da validação, que é quando a manufatura do carro está pronta e se aplica o protótipo em testes efetivos. Foram mais de cem dias de validação, marca que há quatro anos não conseguiam replicar. Luiz Coelho comenta a relevância do feito. 

— É extremamente importante, porque realmente diz se o seu carro é confiável ou não. E quanto mais você consegue validar ele, atrelado a isso vem o refino, melhor setup de suspensão, melhor calibração de motor e melhor refinamento geral do carro.

Para 2025, a Fórmula UFSM selou uma parceria com a Base Aérea de Santa Maria (Basm) para realizar as testagens de aceleração e skid pad (prova que avalia a aceleração lateral do protótipo). Lá foi possível definir o setup das provas e aprimorar pilotos. 

— As acelerações demandam um espaço muito amplo, limpo e seguro para fazer, devido realmente à didática da prova. A aceleração é uma prova em que o carro alcança a maior velocidade possível, e o skid pad é uma prova em que, por ser em uma curva de raio constante, a chance do carro escapar ou sair do percurso é muito grande - explica Gabriel Mainardi quanto à importância da parceria com Basm.

A Fórmula UFSM inovou ainda ao realizar um fim de semana de validação no Venâncio Kart Club, em Venâncio Aires. Essa parceria possibilitou validações extremas e a testagem do máximo potencial do carro. Foram 127 km rodados em Venâncio Aires, onde também foi concluída a seleção de pilotos. Foram selecionados: Patrick Baelz e Guilherme Moraes (na aceleração); Gabriel Mainardi e João Reschke (no skid pad); Luiz Coelho e Guilherme Moraes (no autocross); Luiz Coelho e Patrick Baelz (no enduro).

Fórmula SAE 

Docente do curso de Engenharia Mecânica e fundador da Fórmula UFSM, o professor Mario Martins esclarece que a competição não é apenas uma corrida automobilística. 

— É um misto de uma corrida, de um congresso, de uma feira de apresentação de produtos industriais. Os alunos têm que apresentar diversos aspectos dos carros e defender do ponto de vista do projeto para o juiz. Além de apresentar o comportamento dinâmico do veículo avaliado em diversas provas práticas, também têm que apresentar em provas que avaliam os aspectos conceituais do projeto e mercadológicos. Têm que conseguir vender o projeto e assim exercitam também habilidades de comunicação e de marketing[…] Os alunos estão lá se mostrando, e alguns saem efetivamente contratados. Porque a indústria está lá, assistindo, vendo, acompanhando os melhores trabalhos.


*com informações da UFSM

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