Fotos: Arquivo Pessoal
Nascido em São Paulo (SP), Cesar Augusto Zorzo, 59 anos, mudou-se para o Coração do Rio Grande há mais de 30 anos para jogar futebol. Ele viajou na esperança de melhorar de vida em Santa Maria, cidade onde conheceu muitos amigos e formou uma grande família. Na cidade cultura, ele se casou e teve quatro filhos. O atleta se dava bem com todo mundo e adorava fazer as pessoas darem risadas.
Zorzo atuou no futebol santa-mariense como goleiro, mas a carreira profissional do atleta acabou em razão da idade. Nem assim ele deixou de seguir sua paixão e de entrar em campo e acabou se tornando uma figura conhecida no futebol amador em todo o interior do Estado e em Santa Maria. Os amigos dizem que Zorzo defendia muito bem e tinha o apelido de Pênalti.
- Ele era um ótimo colega, muito tranquilo. Nós jogamos juntos por alguns anos no Clube Grêmio Atlético Imembuí. O Pênalti tinha esse apelido porque atacava todos os pênaltis que os jogadores batiam. Ele era um ótimo goleiro - conta o aposentado da polícia federal Sérgio Roberto da Silva, 62 anos.
Mesmo jogando no Inter-SM e no Riograndense, Zorzo tinha como time do coração o Grêmio de Porto Alegre. Ele adorava acompanhar os jogos do Tricolor pela televisão e pelo rádio.
Após se separar da primeira esposa, ele foi morar na casa de amigos e procurava ganhar a vida fazendo serviços gerais. Zorzo chegou até a abrir uma empresa que prestava serviços de pintura, reformas e corte de grama. Foram os amigos que começaram a incentivar que o jogador trabalhasse nesse ramo e passaram a chamá-lo para fazer reparos nas casas. Aos poucos, ele foi tendo mais serviço e manteve a empresa aberta para se sustentar.
- Mas ele estava com planos de fechar o negócio. Dizia que era muito imposto para pagar e que o rendimento não estava aumentando para manter a empresa aberta. Mas acabou que ele manteve a empresa - recorda o amigo e representante comercial Ubiratan Teixeira Mujica, 55 anos.
Os dois se conheceram em 1983, quando Zorzo já jogava nos campos amadores do Rio Grande do Sul. Eles ficaram muito amigos e conversavam muito. Mujica conta que, por muitos anos, o jogador morou na Vila Imembuí, no Bairro Nossa Senhora Medianeira.

- Ele tinha um espírito livre, não gostava de se sentir preso e fazia o que gostava. Era extrovertido e adorava contar histórias sobre os jogos. Muito alegre, não tinha tempo ruim para ele - diz o amigo.
Conforme Mujica, Zorzo voltou para São Paulo algumas vezes para ver familiares e para tentar recomeçar na cidade natal. Mas acabava voltando para o Sul, terra que adotou como sua.
Zorzo fazia tratamento para o coração, mas, conforme os amigos, as medicações não surtiam mais efeito. O jogador passou mal e foi encaminhado ao Pronto-Atendimento Municipal na manhã de 26 de fevereiro. Ele sofreu duas paradas cardíacas e não resistiu. O goleiro foi sepultado no dia seguinte, às 11h, no Cemitério Ecumênico Municipal, em Santa Maria.
Morreu a dona de casa Irene Mello do Nascimento
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Marta Rejane Fontana Bilibio, aos 52 anos, foi sepultada no Cemitério Municipal, em Arroio Grande, distrito de Santa Maria
As informações sobre falecimentos podem ser enviadas para [email protected] ou pelo telefone (55) 3213-7122