Ontem à tarde, o Diário conversou com um dos frentistas do Posto Progresso. Ele estava trabalhando no momento do assalto e foi rendido pelos bandidos. O homem de 50 anos foi agredido com chutes por um dos assaltantes e obrigado a ir para o banheiro junto com as outras vítimas. Assustado, ele preferiu não ser identificado. Confira os principais trechos da entrevista:
Diário de Santa Maria _ Como o senhor percebeu o assalto?
Vítima _ Os três chegaram a pé e armados, mas foi tudo bem rápido. Quando eu vi, um deles estava rendendo o meu colega, que estava no caixa. Bem pouquinho depois, outro já tinha apontado uma arma para mim.
Diário _ Eles utilizavam máscaras para cobrir o rosto?
Vítima - Dois deles usavam carapuças, e o terceiro usava o casaco para esconder o rosto. Na hora que eles nos mandaram entrar no banheiro, eles diziam que era para todo mundo ficar olhando para o chão, que não era para olhar para eles, mas não tinha como ver mesmo.
Diário _ Eles levaram alguma coisa além do dinheiro?
Vítima - Não. Levaram o dinheiro do malote. Não sei que quantia eles levaram, mas eles arrombaram a porta do escritório e levaram o dinheiro. Como é que a gente vai fazer alguma coisa na mira de um revólver? Não dá para fazer nada. A gente só pensa na vida da gente.
Diário _ Vocês ficaram quanto tempo no banheiro do posto?
Vítima - Eles mandaram eu, o meu colega e três clientes para o banheiro e avisaram que, depois de 10 minutos, era para a gente sair que a porta não ia ficar trancada. Um dos clientes saiu primeiro, antes de dar 10 minutos, para ver se tinham levado o carro ou a moto, e eles já não estavam lá. Nem deu para ver para que lado eles fugiram.