Em nome do pragmatismo, PSDB, MDB e PP, todos do mesmo lado?

Em nome do pragmatismo, PSDB,  MDB e PP, todos do mesmo lado?

Foto: João Alves/prefeitura de Santa Maria (Divulgação)

Faltando menos de três meses do início das convenções partidárias que vão oficializar as candidaturas a prefeito e vereador, talvez o mais importante, como sempre, não é dar importância única ao que se fala. Melhor focar nas atitudes.

 
O colunista papeou esta semana com pelo menos três figuras importantes na cidade, que pediram anonimato. O que se queria era decifrar afinal o que significaria essa, até outro dia inusitada, aproximação entre PSDB e PP. Como se sabe, rusgas e críticas envolvendo governo (no caso, os tucanos) e oposição (aqui se inserem os pepistas) são assimiláveis e não descartam qualquer possibilidade de acordo.


 
Então, não seria por aí o entrave. Mas, e porque a possibilidade de aliança começou a ficar mais forte? A palavra é uma só e faz todo o sentido: pragmatismo eleitoral. Por mais que disfarce, é fato que o PP está doído. Perdeu três vereadores de uma bancada de quatro. Não há como não sentir.

 
Mas, atenção: logo os seus dirigentes perceberam que a perda de militantes não teve a mesma medida e mais, os princípios da sigla são bastante sólidos e arraigados historicamente. Mais que isso, possíveis parceiros perceberam isso rapidamente. O primeiro deles justamente o PSDB de Rodrigo Decimo.

 
É onde entra pela primeira vez a expressão pragmatismo. Ora, as diferenças ideológicas estão longe de serem impactantes. E se fala aqui de Santa Maria e não d’alhures. Ao contrário, as diferenças que há são de método de governar, talvez, o que pode ser ajustado.

 
Não se deve esquecer que o primeiro mandato de Jorge Pozzobom teve como vice o pepista Sérgio Cechin (ambos na foto). Os pratos só se quebraram na hora da campanha eleitoral passada, quando ambos queriam a mesma coisa. Antes, o entendimento era a norma e a relação era cordial, no mínimo.

 
Dito isto, chega-se a uma segunda questão. Ou partido. No caso, o MDB. Beto Fantinel busca um parceiro forte para sustentar sua candidatura. E este teria que ser do PP. Ao que se sabe, não há “plano b”. Pelo menos não com tanta consistência.

 
Não estaria na conta de Fantinel e do MDB a candidatura solitária ou mesmo com uma aliança “fraca”. Vai daí que surgiu outra cogitação, e esta foi colocada aos três interlocutores da coluna: o partido recolheria seu time, manteria forte nominata para a Câmara e embarcaria na nau com PSDB e PP, o que, aliás, talvez agradasse à boa parte do partido em nível estadual, que gostaria de repetir em nível local a aliança estadual.

 
É possível. Hoje seria talvez uma insanidade. Mas amanhã... ou dentro de dois meses... Bem... o tal pragmatismo pode tomar conta do pedaço. A conferir.

 
Em tempo: não se cogita aqui a concordância das fontes oficiais com o teor do que foi acima descrito. Mas é pouco provável que alguém diga ser impossível. Afinal, é política.


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