VÍDEO: "Talvez o ano que o Inter-SM possa ter maior facilidade para chegar nas cabeças", diz Tinga sobre a volta do Alvirrubro ao Gauchão 2026

O ex-jogador Tinga projetou um cenário otimista para o Inter SM, que retorna à elite do Gauchão em 2026. Ao participar do programa F5, na Rádio CDN, ele afirmou que o calendário nacional pode abrir espaço para clubes do interior conquistarem campanhas históricas.

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— O Inter de Santa Maria, que é tradicional, está no coração do Estado, merece que a comunidade se envolva. Talvez o ano que o Inter-SM possa ter maior facilidade para chegar nas cabeças seja esse, porque como o Campeonato Brasileiro Serie A começa já em janeiro, Inter e Grêmio vão ter que fazer escolhas. Ninguém vai querer mais arriscar o início do Brasileiro para chegar na última rodada quase enforcado como nós chegamos — avaliou.

Na avaliação de Tinga, o contexto reduz o risco dos grandes e abre margem para clubes médios pontuarem cedo e mudarem de patamar. A receita, segundo ele, começa pela força local e pelo engajamento:

— É fazer ponto em casa. Chegar a uma semifinal muda tudo para um time do interior. A comunidade precisa estar junto.

Retrospecto da Dupla Gre-Nal em 2025

Ao falar sobre Internacional e Grêmio, Tinga resumiu 2025 como “um ano ruim para todo mundo”. Disse que ambos sofreram com instabilidade e decisões desalinhadas ao contexto econômico do futebol brasileiro, especialmente na hora de prometer salários que não conseguem cumprir. Para ele, os clubes precisam de mais realismo financeiro.

O ex-jogador citou contratações milionárias e disse que não é a diferença salarial que desestabiliza um elenco, porque cada atleta sabe por que ganha mais ou menos — o que rompe a confiança é quando o clube traz reforços caros sem pagar quem já está lá.

— Eu trabalhei no Cruzeiro e também era assim no Cruzeiro. Nós contratávamos jogadores e não estávamos pagando os nossos. Por isso que eu não voltei mais a trabalhar no futebol. Não quero conviver com isso, parece que estou devendo para os caras — revelou.

Ele defendeu que um clube deve ser administrado como empresa: se novos contratados chegam em um local sem salário pago ou estrutura adequada, o desempenho não evolui — como ocorreria em qualquer corporação.

Tinga também rejeitou a ideia de que jogadores “fazem corpo mole”. Ele explicou que a pressão pública do futebol é mais pesada do que em outras áreas: quando o time perde, é o atleta que evita restaurante e sofre com vergonha pública — algo que o torcedor não vivencia.

Além disso, acredita que o clima negativo se agrava porque boatos e afirmações sem lastro circulam com rapidez, muitas vezes alimentadas por influenciadores e redes sociais. Ele exemplificou com as “brigas de vestiário” que ninguém viu, mas que viralizam antes do jogo e contaminam arquibancada e ambiente profissional.

Inter, Abel e volta da confiança

Sobre o Internacional, Tinga disse acreditar que Paulo Pezzolano pode ser boa opção para o Colorado, com base no que ouviu sobre sua passagem pelo Cruzeiro. Na avaliação dele, o time precisa de estrutura, condições e continuidade, evitando a troca constante de comando.

Ele também comentou o desfecho dramático do Brasileirão de 2025, destacando o peso simbólico de Abel na fuga do rebaixamento. Segundo Tinga, a aceitação do desafio devolveu autoestima a time e torcedores.

Tinga encerrou com uma síntese sobre o futebol gaúcho, seja na Capital ou no Interior: todo começo de temporada renova expectativas, mesmo depois de um ano turbulento. Para ele, 2026 reabre jogo e mobiliza torcida. Afinal, como disse, o torcedor sempre acredita que vai ser campeão.

— Quando zera e vira o ano, a gente sempre acredita que o nosso time vai ser o campeão, que o nosso time vai ir para a Libertadores — relatou.

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