Instrutor de academia de Santa Maria vai disputar o Mundial de Taekwondo em 2026

Instrutor de academia de Santa Maria vai disputar o Mundial de Taekwondo em 2026

Foto: Divulgação

Aos 32 anos, faixa-preta 3º Dan em Taekwondo Songahm e proprietário da Strong Martial Arts – Camobi, o instrutor Léo Bittencourt vive a fase mais marcante da carreira. Em 2025, conquistou dois dos principais títulos do continente: Campeão Brasileiro de Fórmula, em junho, e Campeão Pan-Americano em Fórmula e Armas, em setembro, ambos em Curitiba. 

Fórmula no taekwondo é a tradução informal para Poomsae, uma sequência de movimentos técnicos e precisos que demonstram disciplina, habilidade e conhecimento dos princípios da arte marcial, que podem ser feitos também com instrumentos como espadas ou bastões.

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Os resultados renderam a classificação para o Mundial de 2026, que será realizado em Phoenix, no Arizona (EUA), onde ele irá representar Santa Maria e o Brasil.

Natural de Chapecó-SC, Léo treina há 12 anos e conduz a Strong Martial Arts como franquia regulada da ATA Martial Arts, ensinando Taekwondo como ferramenta de disciplina, equilíbrio emocional e construção de autoconfiança. Em entrevista ao programa Papo D Esporte, da Rádio CDN, ele falou sobre a trajetória, a filosofia e o impacto da arte marcial em sua vida.

Ao lado do professor Lucas Colpo e da instrutora Maria Júlia Pires, Léo administra a rede Strong Martial Arts em Santa Maria, com unidades no Centro e em Camobi, além de projetos em escolas da cidade. Somadas, as iniciativas atendem cerca de 350 alunos, desde crianças até adultos, com foco tanto esportivo quanto no desenvolvimento pessoal.


Paixão que veio dos filmes

Logo no início da conversa, Léo descreveu como o taekwondo surgiu em um momento de incertezas pessoais, quando ainda cursava Engenharia Química:

— O taekwondo surgiu na minha vida como uma válvula de escape de uma vida conturbada de jovem adolescente. Estava fazendo faculdade, não sabia muito bem se era o curso que eu queria e o taekwondo entrou na minha vida como uma onda avassaladora. Foi ali que decidi que era isso que eu queria seguir como carreira — contou.

A paixão pelas artes marciais vem da infância, influenciada pelos irmãos mais velhos e pelos filmes de Van Damme e Bruce Lee. Ainda jovem, praticou karatê, boxe, muay thai e kung fu, até conhecer o taekwondo Songahm. Ali, descobriu também que era possível viver da arte marcial dentro de uma estrutura profissional e sustentável:

— Eu sempre fiquei com aquela ideia que as pessoas tinham de que ser professor de arte marcial é para você "passar fome". Com a ATA, foram me provando, por vários cases de sucesso, por A mais B, que viver bem da arte marcial era sim uma possibilidade.

Na entrevista, Bittencourt explicou as modalidades competitivas do Songahm, destacando a Fórmula, sua especialidade, e a Fórmula e Armas, em que utiliza bastão longo. Ele detalhou o funcionamento dos rankings, os critérios de avaliação e as dinâmicas dos torneios, sempre reforçando a ligação emocional que tem com as sequências e coreografias:

— Eu sempre fui apaixonado pela fórmula, muito por causa daquela questão dos filmes. Aquela cena de um monge fazendo os movimentos na pradaria, com o vento soprando. Eu me apaixonava naquelas cenas.


A trajetória marcada por superação

Entre os momentos decisivos da carreira, Léo destacou o rompimento do ligamento cruzado anterior em 2018, justamente no dia em que recebeu a faixa-preta e inaugurou a escola em Camobi. A lesão exigiu cirurgia, afastamento e adiamento de objetivos, mas também reforçou a determinação que, anos depois, o levaria ao título nacional.

A conquista do Campeonato Brasileiro, em junho, foi descrita como a realização de um sonho acalentado desde os primeiros treinos. O Pan-Americano, meses depois, trouxe a surpresa adicional do ouro na categoria Armas, usando bastão longo, uma escolha que ele mesmo classificou como arriscada.

Com a classificação conquistada, Léo intensifica a preparação para o Mundial, que ocorre em julho de 2026. Ele já obteve o visto americano e organiza hospedagem, passagens e planejamento físico, técnico e nutricional para representar a cidade e o país.
— A mentalidade, eu acredito que eu já estou no ponto certo. Vou continuar treinando enlouquecidamente para conseguir ganhar esse título — afirmou

As metas são claras: disputar Fórmula e Armas com foco total no pódio mundial.

— Sparring e Combat eu vou dar o meu melhor, mas eu quero o título com a Fórmula e com a Arma – completou.


Confira a entrevista completa

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