Com aumento de inscritos superior a 100%, mais de 9 mil pessoas privadas de liberdade farão o Enem no RS em 2025

O número de pessoas privadas de liberdade inscritas no Exame Nacional do Ensino Médio para Pessoas Privadas de Liberdade (Enem PPL) mais do que dobrou no Rio Grande do Sul em relação ao ano passado. Com as inscrições encerradas na sexta-feira (24), o sistema prisional gaúcho registrou 9.102 inscritos para a edição de 2025, contra 4.152 em 2024, um crescimento de mais de 100%.

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As provas do Enem PPL serão aplicadas nos dias 16 e 17 de dezembro, dentro dos estabelecimentos prisionais indicados pelas unidades da federação. O exame é o mesmo aplicado aos demais candidatos do Enem regular, composto por quatro provas objetivas com 45 questões de múltipla escolha e uma redação. O resultado pode ser usado tanto para certificação do Ensino Médio quanto para declaração parcial de proficiência.

A diretora do Departamento de Tratamento Penal da Polícia Penal, Rita Leonardi, destacou que o aumento expressivo é resultado de um trabalho coletivo de incentivo à educação dentro das unidades prisionais.

– Esse resultado é fruto de uma ação integrada e comprometida, que reconhece o conhecimento como caminho de transformação e reintegração social. Quando diferentes atores trabalham com o mesmo propósito, os avanços se tornam mais consistentes – afirmou.

Para ampliar a preparação dos participantes, a Polícia Penal, em parceria com as Coordenadorias Regionais de Educação, vai promover aulões preparatórios em formato on-line, dentro do projeto RS no Topo do Enem. As aulas abordam todas as áreas do exame (redação, linguagens, ciências humanas, matemática e ciências da natureza) e serão replicadas pelos Núcleos Estaduais de Educação de Jovens e Adultos (NEEJAs). Um simulado presencial também será oferecido entre os dias 3 e 14 de novembro.

Além disso, o Presídio Estadual de Espumoso mantém desde abril uma Oficina de Redação Preparatória voltada tanto para o Enem PPL quanto para o Encceja PPL, com aulas quinzenais e cerca de dez participantes.

As atividades de formação também contribuem para a remição de pena, conforme a Lei de Execução Penal, que prevê a redução de um dia de prisão a cada 12 horas de estudo comprovadas.

*Com informações de Secretaria de Comunicação do Estado do Rio Grande do Sul