"Temos poucas vagas, mas não há risco de colapso", afirma secretário sobre situação dos cemitérios públicos de Santa Maria

Foto: Vinicius Becker (Diário)

O secretário de Serviços Públicos de Santa Maria, Rui Fabbrin, confirmou nesta quarta-feira (22) que, apesar do acúmulo de 20 mil ossadas e da falta de espaço em cemitérios municipais, o sistema funerário não corre risco de colapsar.

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Segundo ele, medidas vêm sendo tomadas para ampliar o número de carneiras e definir o destino adequado dos restos mortais armazenados.

A cidade foi crescendo ao longo dos anos, mas os cemitérios não acompanharam esse crescimento. Por isso, muitas ossadas foram sendo acondicionadas em urnas identificadas, que permanecem guardadas de forma adequada – explicou o secretário em entrevista à Rádio CDN 93.5.

Atualmente, Santa Maria possui cinco cemitérios administrados pela prefeitura, e, conforme Fabbrin, a gestão tem atuado para ampliar a capacidade de sepultamentos. No Cemitério Jardim da Saudade, no Bairro Caturrita, estão sendo construídas entre 80 e 100 novas carneiras, sendo parte delas destinada à sepulturas de maior porte.

Temos poucas vagas, mas não há risco de colapso. Mesmo que o Cemitério Ecumênico atinja o limite, há alternativas em outros locais. O único período crítico foi durante a pandemia, quando houve muitos sepultamentos em curto tempo – pontuou.


Estudo busca definir destino das 20 mil ossadas

Foto: Vinicius Becker (Diário)

A principal preocupação da prefeitura é o destino das ossadas que se acumulam há décadas em depósitos sob responsabilidade da administração municipal. Segundo o secretário, muitas delas pertencem a pessoas, cujos familiares já não são localizados, o que torna a definição de uma destinação adequada ainda mais complexa. Em resposta à situação, o Executivo realiza um cruzamento de dados para tentar identificar possíveis familiares e conduz um estudo técnico, jurídico e sanitário em busca de soluções para o problema.

— Estamos desenvolvendo um estudo que analisa os aspectos legais, jurídicos e sanitários da situação para definir o que pode ser feito. Não é algo simples: envolve custos e precisa respeitar todas as normas de saúde pública. Algumas decisões podem, inclusive, depender de autorização judicial — explicou Fabbrin.

A administração do Cemitério Ecumênico Municipal informou à reportagem que parte das ossadas estaria alocada de forma improvisada, em uma antiga sala de escritório e em baús de caminhões desativados, ambos adaptados para o armazenamento. A prefeitura, no entanto, nega a informação e afirma que os restos mortais estão acondicionados em urnas plásticas devidamente identificadas e protegidas.


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Vitória Sarturi

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