Destruído por duas enchentes em pouco mais de um ano, Balneário tradicional da região está sem futuro definido; veja fotos do antes e depois

Destruído por duas enchentes em pouco mais de um ano, Balneário tradicional da região está sem futuro definido; veja fotos do antes e depois

Foto: Rian Lacerda (Diário)

Devastado por duas grandes enchentes, em 2024 e mais recentemente em junho deste ano, o balneário Passo do Julião, em São Pedro do Sul, vive um cenário de destruição e incerteza. Muito frequentado por veranistas da região – grande parte deles de Santa Maria – tem futuro indefinido. Enquanto moradores relatam a perda de casas e cobram por limpeza e reconstrução, a prefeitura aponta a falta de regularização fundiária e ambiental da área como um impedimento para obras. E afirma não haver prazo para uma solução.

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O cenário encontrado pela reportagem no balneário Passo do Julião, ponto turístico de São Pedro do Sul, é de destruição. O que antes dava vida a veranistas e moradores, hoje são escombros e marcas deixadas pelas cheias. As duas enchentes consecutivas deixaram um rastro de perdas e um sentimento de abandono entre os proprietários de imóveis no local. 


Fotos fornecidas à reportagem mostram o antes e depois da enchente que deixou o balneário irreconhecível. A casa e o Pub em que Alessandro Nascimento, presidente da associação do balneário, havia construído antes da enchente, foram levados pela força das águas. Veja o antes e depois: 

Foto: Alessandro Nascimento (Arquivo Pessoal)

Ele relata que, após a primeira enchente em 2024, houve apoio do poder público para a limpeza, com verbas do governo do Estado. Contudo, a segunda cheia, em 2025, agravou a situação. 


– Devastou tudo, inclusive eu perdi minha casa, perdi um empreendimento que nós tínhamos feito lá, um pub muito legal – relata Alessandro.


O morador Edson Santos Batista, 47 anos, que vive no local há dois anos, confirma que a situação piorou na segunda chuvarada.

Foto: Rian Lacerda (Diário)

– Esse ano, eles não deram nem a verba para a limpeza. O pessoal está limpando conforme pode – afirma Edson. 

Segundo ele, a cheia de 2025 destruiu casas por completo. Para conseguir limpar e retirar a grande quantidade de pedaços de troncos de árvores do local, moradores acabaram incentivando o corte de lenhas durante o inverno. 

Promessas e prioridades

Ruas que davam acesso ao BalneárioFoto: Rian Lacerda (Diário)

Ambos os moradores relatam que a prefeitura prometeu realizar a limpeza e o conserto das ruas, mas alegou que a prioridade seriam as estradas do interior do município e que havia falta de maquinário.


– Eles nos prometeram que, antes de começar a temporada deste ano, eles vão lá fazer algumas limpezas, arrumar algumas ruas – diz o presidente da associação, Alessandro.


Apesar das promessas, o sentimento entre os moradores é de desânimo.


– A gente pede para não ficar abandonado lá. Quem tem casa na parte de baixo, onde é o balneário mesmo, o pessoal está todo mundo querendo vender – desabafa Alessandro. 


O que diz a prefeitura de São Pedro do Sul

Procurada pela reportagem, a prefeitura de São Pedro do Sul informou que o balneário apresenta duas situações distintas que impedem ações mais efetivas no momento.


Segundo a nota, existe uma “área pública”, que deverá passar por um processo de recuperação e, futuramente, poderá ser destinada apenas para camping, sem construções fixas. A outra é a “área privada”, onde ficam as residências. Esse local, conforme o Executivo, “não possui licenciamento ambiental e, tampouco, a formalização das propriedades, que atualmente não contam com matrícula”.


Para a prefeitura, a “regularização fundiária e ambiental é a etapa inicial e indispensável para viabilizar o uso adequado do espaço”, além de possibilitar futuras obras.


Por fim, a gestão municipal afirmou que não há um cronograma para resolver a situação: “É importante destacar que, no momento, não há prazo definido para a regularização completa do balneário. Isso se deve tanto à dependência das iniciativas por parte dos proprietários da área particular quanto às recorrentes enchentes que atingem a região”, concluiu a nota. 


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