Após sete anos, réu acusado de feminicídio da modelo Isadora vai ao júri popular em Santa Catarina nesta quarta

Após sete anos, réu acusado de feminicídio da modelo Isadora vai ao júri popular em Santa Catarina nesta quarta

Foto: Arquivo pessoal

Passado pouco mais de sete anos, começa às 8h desta quarta-feira (3) em Imbituba, no Sul de Santa Catarina, o júri popular que vai julgar o oficial de cartório Paulo Odilon Xisto Filho, acusado de matar a namorada, a modelo santa-mariense Isadora Viana Costa, 22 anos. O julgamento ocorre no Fórum da cidade e deve se estender até quinta. O réu responde por homicídio triplamente qualificado por motivo fútil, feminicídio e impossibilidade de defesa da vítima, além de fraude processual. A denúncia do Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) sustenta que Paulo teria imobilizado Isadora e a agredido com golpes na região da barriga após uma discussão, dentro do apartamento onde moravam, em Imbituba.


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Segundo a investigação, uma amiga do réu, que é advogada, teria ajudado a alterar a cena do crime. O Tribunal de Justiça de Santa Catarina informou que essa mulher responde em outro processo e aceitou o benefício da suspensão condicional, com a obrigação de cumprir requisitos legais para que a ação continue suspensa.


Na época do crime, os socorristas do Corpo de Bombeiros que atenderam a ocorrência relataram à polícia que o lençol da cama estava manchado de sangue. No entanto, quando os investigadores chegaram no local, a roupa de cama já havia sido retirada. Esse detalhe reforçou a acusação de tentativa de modificação da cena.


O relacionamento

Paulo e Isadora se conheceram em março de 2018, em Santa Maria. Em abril daquele ano, ela aceitou o convite do namorado para passar alguns dias no litoral catarinense.
De acordo com o MPSC, durante o período em que esteve com Paulo, Isadora relatou a amigas que ele ficava agressivo e descontrolado quando fazia uso de drogas. Em 8 de maio de 2018, o acusado teria passado mal, e a modelo acionou familiares dele para ajudar. A atitude teria irritado Paulo, já que os parentes não sabiam do consumo de entorpecentes. Conforme a denúncia, após os familiares irem embora, o casal teria discutido, e o oficial de cartório a agrediu até a morte.


O pai de Isadora, o dentista Rogério Froner Costa, diz que o julgamento representa um passo importante em busca de justiça e preservação da memória da filha:


– Nos preparamos muito para este momento e lutamos incansavelmente para que ele acontecesse. Agora, precisamos manter o equilíbrio, assim como fizemos durante todo esse tempo, e encontrar forças físicas e espirituais para atravessar esses dias.


Froner diz que a família não quer vingança.


– Carregamos, ao longo dos anos, essa dor da perda e a ausência irreparável da Isadora, sentimentos que nunca deixaram de estar presente em nossas vidas. Houve momentos de tristeza profunda, mas também de resistência e esperança de que a justiça seria feita. Não buscamos vingança e, sim, justiça, para que a lembrança da Isadora seja respeitada e sua história jamais esquecida – conclui.

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