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Defesa da acusada de matar empresário em Agudo pede novo adiamento de júri

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Foto: Ronald Mendes (Arquivo Diário)

Está marcado para esta sexta-feira o júri de Rosângela Lipke, acusada de assassinar o empresário Ediér Antônio Bernardini, 58 anos, em Agudo. Porém, o julgamento, que já foi adiado por duas vezes, corre o risco de não acontecer novamente. Isso porque o advogado da ré, Jean Severo, entrou nesta quarta-feira com um pedido de adiamento. Ele não concorda com a cisão do julgamento, já que, por motivos de saúde do advogado do outro réu, Valter André Silva Santos, ele não irá a júri amanhã. Além disso, ele argumenta que Rosângela está internada no hospital em fase final de gestação e não poderá comparecer ao Fórum. 

O júri já havia sido marcado para duas datas, mas foi adiado. No dia 22 de outubro, o julgamento foi adiado por problemas de saúde do advogado Severo. Em 26 de novembro, a sessão chegou a durar 11 horas, mas Rosângela passou mal e precisou de atendimento médico. Os advogados de defesa dela e de Valter abandonaram a Sala do Júri. Com isso, o juiz Jonathan Cassou dos Santos anunciou a anulação do júri popular.

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Desta vez, Severo entrou com uma petição para que júri ocorra apenas em abril, quando o filho de Rosângela já tiver nascido. A petição ainda não foi analisada pelo magistrado. 

- Decidimos que não vamos a júri amanhã porque não concordamos com a cisão do julgamento. Quando eu estive doente, o juiz não quis dividir o processo e, inclusive, aplicou uma multa. Entendemos que os dois devem ir a júri juntos e temos interesse que isso ocorra logo. Mas, parece, que há um desespero por parte do Tribunal e não iremos aceitar que tudo seja feito às pressas. Por isso, não iremos comparecer - salienta Severo.

O júri está marcado para às 8h30min no Fórum da cidade. O juiz Jonathan Cassou dos Santos pediu, inclusive, a presença do plantão da Defensoria Pública, que poderá ser acionada em caso de desistência por parte da defesa de algum dos réus. Porém, Severo diz que, caso o julgamento ocorra amanhã - sem a presença dele e da ré - vai pedir o anulamento da sessão. 

Segundo o advogado Jorge Pohlmann, assistente de acusação, todos os recursos na tentativa de um novo adiamento foram indeferidos pela Justiça local e, dessa vez, a expectativa da acusação é de que solenidade deve seguir até o fim. Conforme Pohlmann, a acusação vai pedir a condenação pela pena máxima no crime, que é de 30 anos de prisão por homicídio qualificado, com quatro qualificadoras: motivo torpe e fútil; meio cruel e meio que dificultou a defesa da vítima.

De acordo com a investigação, a Rosângela é suspeita de ser a mandante do crime e Valter teria participado ativamente do assassinato e estava em um veículo de Bernardini. A mulher havia tido um relacionamento com a vítima e estaria exigindo dinheiro e bens do empresário, que havia registrado ocorrência policial em que relatou estar sendo ameaçado de morte pela acusada. Em 2012, pouco depois do crime, a dupla chegou a ser presa, mas os dois estão respondendo ao caso em liberdade até agora. 

Ainda há outros dois homens acusados de participar do crime: Diones Crumenauer dos Santos e Gelson da Silva Grigolo. Como eles ficaram foragidos e só foram encontrados mais tarde, o processo foi dividido em duas partes e eles deverão ser julgados posteriormente, sem data definida. 

O Diário tentou contato com José Carlos Dri, advogado de Valter, mas as ligações não foram atendidas nem retornadas.

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O CRIME 
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O empresário Edier Antônio Bernardini (foto ao lado) foi assassinado na sede de sua empresa, no dia 30 de setembro de 2012, na localidade de Rincão do Mosquito, interior de Agudo. Seu corpo foi encontrado amarrado ao portão de um galpão da firma. Segundo informações da Polícia Civil, havia pelo menos uma marca de facada em seu peito.

O corpo foi descoberto por um funcionário da firma que Bernardini mantinha há 30 anos, a Transportes Edini. O motorista chegou de viagem por volta das 17h15min e se preparava para descarregar o caminhão quando enxergou o patrão morto. 

Nascido em Linha dos Pomeranos, interior do município, o empresário deixou o campo nos anos 80. Na cidade, sempre trabalhou com transportes. No ano anterior ao crime, mudou-se para Rincão do Mosquito, transferindo para lá sua empresa. Era tido como uma pessoa gentil e amável. A morte do empresário - que era separado e pai de um casal de filhos - foi anunciada no rádio, causando comoção nos moradores. 

*Colaborou Janaína Wille

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