Foto: Vinicius Becker (Diário)
A Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) instalou, nesta quinta-feira (4), seu primeiro Banco Vermelho, iniciativa que reforça o compromisso institucional no enfrentamento à violência contra a mulher e o feminicídio. A peça, colocada no hall do Restaurante Universitário 1, no campus sede, integra ações da Casa Verônica e soma-se a um movimento que já ganhou espaços públicos e privados da cidade.
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Assim como ocorre em outras localidades, o Banco Vermelho da UFSM carrega um propósito simbólico: representar a ausência das mulheres vítimas de feminicídio e convidar a comunidade à reflexão. Em publicação, a Casa Verônica destacou que o banco “chega como um espaço de reflexão, denúncia e cuidado” e convoca a sociedade a não naturalizar a violência.
A instalação na universidade amplia uma mobilização que já se espalha por Santa Maria. No Centro, o primeiro Banco Vermelho foi inaugurado em 2 de agosto, no Calçadão Salvador Isaia. A ação foi conduzida pela Prefeitura em parceria com o Instituto Banco Vermelho, organização nacional sem fins lucrativos dedicada a ações educativas, políticas públicas e intervenções urbanas de prevenção ao feminicídio.
Nos meses seguintes, a cidade recebeu outras duas instalações. Em 25 de novembro, a Paccini Moda Íntima inaugurou o primeiro Banco Vermelho em uma empresa privada. Além da ação simbólica, a loja implementou um protocolo interno de apoio às clientes, com um código sigiloso para pedir ajuda. Já no dia 28, o Fórum de Santa Maria instalou dois bancos em suas áreas de circulação, como parte das ações do programa Justiça pela Paz em Casa, do Conselho Nacional de Justiça.
A Casa Verônica, iniciativa dedicada ao acolhimento de pessoas em situação de violência de gênero, relembra que violência doméstica é crime e orienta que qualquer suspeita ou denúncia seja feita por meio dos canais oficiais e contatos locais especializados, como o Centro de Referência da Mulher e a Delegacia da Mulher. A inauguração ocorreu às 17h desta quinta-feira (4) e integra a agenda permanente da UFSM no combate às violências de gênero.

"Nenhuma de nós a menos"
Horas antes da inauguração, a vice-reitora e futura reitora da UFSM, Martha Adaime, se pronunciou nas redes da instituição, em mensagem conjunta com gestoras de universidades federais, para repudiar o atentado ocorrido na última sexta-feira (28) no Centro Federal de Educação Tecnológica Celso Suckow da Fonseca (CEFET/RJ), que resultou na morte de duas servidoras técnico-administrativas da instituição.
— Enfrentar o feminicídio significa assumir um compromisso público de fortalecer redes de apoio, acolhimento, também ações de prevenção. E assumir que nenhuma forma de violência contra mulheres será tolerada. É hora de olhar esse tema de frente. Nenhuma de nós a menos — declarou.
Onde buscar ajuda
Central de Atendimento à Mulher – 180
Direitos Humanos – 100
Centro de Referência da Mulher (CRM) – (55) 3174-1519 (opção 2) / (55) 99139-4971 (WhatsApp)
Delegacia da Mulher (DEAM) – (55) 3174-2252
Polícia Civil – 197
Brigada Militar – 190
Guarda Municipal – 153
Juizado de Violência Doméstica e Familiar – (55) 3222-8888
Ministério Público – (55) 3222-9049
Defensoria Pública – (55) 3218-1032