Foto: Nathália Schneider (Arquivo Diário)
O escritório Maia e Lima Advocacia, que atende os réus Elissandro Spohr e Mauro Hoffmann pelo envolvimento no incêndio da boate Kiss, emitiu nota na tarde desta quarta-feira (22) sobre a obtenção do direito à saída temporária para trabalho externo para Elissandro. Ambos são ex-sócios da casa noturna e cumprem pena na Penitenciária Estadual de Canoas (Pecan).
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Na nota, o escritório comentou a decisão, afirmando que os réus vêm cumprindo "fielmente" a pena imposta, atualmente revista para 12 anos. O direito de Elissandro deixar a prisão durante o dia para trabalho externo foi dado na segunda-feira (20) pela Justiça.
A defesa também informou sobre a possibilidade de Mauro também obter o direito a saída temporária para trabalhos externos, o que até o momento não ocorreu. O pedido está em tramitação na Justiça, sendo ele o último que conquistará o benefício legal.
Confira a nota
Elissandro Spohr e Mauro Hoffmann vêm cumprindo a reprimenda que lhes foi imposta fielmente ao que dispõe a Lei de Execução Penal.
Considerando que atualmente encontram-se em regime semiaberto e diante do cumprimento dos requisitos legais para concessão da saída temporária e para autorização do trabalho externo, a defesa constituída encaminhou os pedidos ao Juízo da Execução Penal.
Em relação a Elissandro Spohr ambos os pedidos foram autorizados pelo Magistrado em decisão proferida em 20/10/2025. No que pertine a Mauro Hoffmann, os pedidos permanecem em tramitação e deverão ser analisados em breve pelo Poder Judiciário.
A decisão
Elissandro Spohr, o Kiko, obteve o direito à saída temporária para realização de trabalho externo. A decisão ocorre quase dois meses após o julgamento que reduziu as penas dos quatro condenados pelo incêndio, que aconteceu em 27 de janeiro de 2013 e deixou 242 mortos e mais de 630 feridos.
Conforme a decisão judicial, o direito ao trabalho externo será monitorado eletronicamente.
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No julgamento realizado em 26 de agosto, o Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJRS) reduziu as penas dos quatro réus. Elissandro, condenado a 22 anos e seis meses de prisão em 2021, teve a pena revista para 12 anos. No caso de Mauro, sentenciado a 19 anos e seis meses, a pena é igualmente de 12 anos.
Já Marcelo e Luciano tiveram as sentenças reduzidas de 18 para 11 anos. Com a decisão do TJRS, os quatro réus ficaram habilitados a progredir para o regime semiaberto. Marcelo e Luciano já está trabalhando externamente em São Vicente do Sul.