Foto: Reprodução
A primeira audiência do processo que julga os acusados pela morte de Isabelly Carvalho Brezzolin, 11 anos, foi adiada em São Gabriel nesta terça-feira (4), após uma queda no sistema do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJRS). O problema técnico levou ao cancelamento de todas as audiências previstas para o dia, incluindo a que trataria do caso. A informação é do portal Caderno 7.
A sessão estava marcada para ouvir as testemunhas de acusação, mas ainda não havia confirmação se os pais da menina, José Lindomar Nunes Brezzolin, 55 anos, e Elisa Carvalho, 36 anos, seriam ouvidos nesta etapa. Uma nova data será marcada pela Justiça.
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Isabelly morreu em 8 de maio, após ser internada no Hospital Universitário de Santa Maria (Husm) com um quadro de infecção generalizada. Conforme investigação da Polícia Civil, a criança teria sido vítima de maus-tratos e de estupro de vulnerável. O pai também foi denunciado por ameaças contra a mãe, em contexto de violência doméstica.
A mãe chegou a ser presa e levada ao Presídio Regional de Santa Maria, sendo liberada após pedido de habeas corpus apresentado pelos advogados Rebeca Canabarro e Andrei Nobre, aceito pela Justiça.O pai permaneceu mais tempo detido, sendo posteriormente solto. Ele é representado pelo advogado Alesson Rangel.
Relembre o caso
Isabelly morreu no dia 8 de maio, no Hospital Universitário de Santa Maria (Husm), em decorrência de uma infecção generalizada. A Polícia Civil, responsável pela investigação, apontou que a criança teria sido vítima de maus-tratos e de abuso sexual.
Elisa chegou a ser presa e encaminhada ao Presídio Regional de Santa Maria, mas foi libertada após um pedido apresentado pelos advogados Rebeca Canabarro e Andrei Nobre, que foi acolhido pela Justiça. O pai da menina permaneceu preso por mais tempo e também foi liberado posteriormente. Ele é representado pelo advogado Alesson Rangel.
O caso ganhou grande repercussão em maio deste ano, quando a menina, moradora de São Gabriel, foi internada inicialmente na Santa Casa de Caridade do município, no dia 7 de maio, e transferida em estado grave para o Husm, em Santa Maria. Ela morreu no dia seguinte. O laudo do Instituto-Geral de Perícias (IGP) indicou que a causa da morte foi pneumonia.
Apesar de a perícia não ter confirmado sinais de violência física ou sexual, a Polícia Civil concluiu o inquérito com o indiciamento do casal por maus-tratos e estupro de vulnerável. O Ministério Público, ao oferecer denúncia, manteve a acusação de homicídio por omissão, sustentando que os pais não teriam prestado socorro à filha de forma adequada.