A Polícia Civil apreendeu 135 bebidas alcoólicas adulteradas e cigarros eletrônicos durante a Operação Dose Letal, realizada no sábado (4), em Porto Alegre. A ação foi coordenada pela Delegacia de Polícia de Proteção aos Direitos do Consumidor, Saúde Pública e da Propriedade Intelectual (Decon).
O objetivo da operação é identificar, apreender e retirar de circulação bebidas adulteradas com possível presença de metanol, substância altamente tóxica e potencialmente fatal mesmo em pequenas quantidades.
Durante as fiscalizações, os agentes inspecionaram locais de distribuição de bebidas para verificar produtos sem procedência, com preços abaixo do mercado ou suspeita de falsificação de rótulos e lacres.
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- O uso de metanol em bebidas é uma prática criminosa e representa um risco real à vida. Nosso papel é garantir que o consumidor tenha segurança no que consome e que os responsáveis sejam punidos com o rigor da lei — afirmou a delegada Milena Simioli, titular da Decon.
A Operação Dose Letal tem caráter permanente, com ações reforçadas devido ao aumento de casos de intoxicação por metanol registrados no país. Além do caráter repressivo, a operação também tem função preventiva e educativa, orientando comerciantes e consumidores sobre os riscos do consumo de bebidas de origem duvidosa.
Orientações à população:
- Compre bebidas apenas de fontes confiáveis e estabelecimentos regulares;
- Verifique lacres, rótulos, selos fiscais e notas fiscais;
- Desconfie de preços muito abaixo do mercado ou embalagens com rótulos irregulares;
- Em caso de suspeita, não consuma o produto e comunique imediatamente às autoridades.
Comitê Intersecretarial
Na sexta-feira (3), o governador Eduardo Leite anunciou a criação de um comitê intersecretarial para acompanhar os casos no Rio Grande do Sul, reunindo órgãos da saúde, segurança e agricultura, como o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), o Centro Estadual de Vigilância em Saúde (Cevs), a Polícia Civil, a Brigada Militar e o Instituto-Geral de Perícias (IGP).
Denúncias podem ser feitas à Polícia Civil, ao Procon ou à Vigilância Sanitária. O Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) também recebe informações pelo telefone 0800 510 2828.