Quadrilha com 12 integrantes é condenada por exportar cocaína a partir do Porto de Rio Grande

Quadrilha com 12 integrantes é condenada por exportar cocaína a partir do Porto de Rio Grande

Foto: Polícia Federal (Divulgação)

Doze pessoas foram condenadas pela Justiça Federal por envolvimento em uma organização criminosa que exportava cocaína escondida em navios cargueiros que partiam do Porto de Rio Grande, no Rio Grande do Sul, com destino à Europa e à Oceania. As penas variam de 3 a 24 anos de prisão, além do pagamento de multas.

A condenação é resultado de uma ação do Ministério Público Federal (MPF), que identificou o grupo especializado na logística de exportação da droga por meio de mergulhadores responsáveis por ocultá-la nas caixas de mar dos navios. O líder da quadrilha foi sentenciado a 24 anos e 15 dias de prisão, em regime inicial fechado, além de 2.778 dias-multa calculados com base em metade do salário mínimo vigente à época dos crimes, cometidos entre 2022 e 2024.

+ Receba as principais notícias de Santa Maria e região no seu WhatsApp

O dono do estaleiro usado pela organização recebeu pena de 8 anos e 5 meses de reclusão, assim como dois mergulhadores que atuavam na colocação da droga. Um terceiro mergulhador, que participou de mais operações, foi condenado a 11 anos de prisão. Outros dois integrantes, responsáveis pelo financiamento e pela logística, receberam penas de 11 anos e de 9 anos e 9 meses de reclusão, ambas em regime fechado. A pena mais branda, de 3 anos, foi substituída por prestação de serviços à comunidade e pagamento de valor pecuniário. Ainda cabe recurso da sentença.

A decisão da 1ª Vara Federal de Rio Grande marca o encerramento da Operação Escafandria, deflagrada em 2022 pela Polícia Federal, pelo MPF e pela Receita Federal. A investigação revelou que o grupo, formado por integrantes do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná, mantinha um esquema sofisticado de tráfico internacional de drogas.

Durante o monitoramento da quadrilha, 426,6 quilos de cocaína foram apreendidos em navios ancorados na Turquia, na Espanha e na Austrália, além de uma apreensão feita com um casal no Paraná. Segundo a sentença, a organização tinha uma estrutura complexa e organizada, com divisão de funções e uso de técnicas especializadas. A droga era escondida nas caixas de mar – compartimentos localizados abaixo da linha d’água dos navios, que têm a função de resfriar os motores e auxiliar na segurança contra incêndios.

Carregando matéria

Conteúdo exclusivo!

Somente assinantes podem visualizar este conteúdo

clique aqui para verificar os planos disponíveis

Já sou assinante

clique aqui para efetuar o login

Caminhoneira de Santa Maria morre em acidente no Paraná Anterior

Caminhoneira de Santa Maria morre em acidente no Paraná

Dois homens são presos por cárcere privado em Cruz Alta Próximo

Dois homens são presos por cárcere privado em Cruz Alta

Polícia/Segurança