Reprodução
Ddelegado federal Anderson Lima, responsável pela Operação Paralelo Cinco, revelou que investigados usavam dinheiro da saúde para fins particulares
O delegado federal Anderson Lima, responsável pela Operação Paralelo Cinco, deflagrada na manhã desta terça-feira (25) pela Polícia Federal para investigar suposto desvio de mais de R$ 340 milhões da área da saúde em municípios do Rio Grande do Sul, São Paulo e Santa Catarina, manifestou-se sobre a operação. Parte do dinheiro desviado servia até pagar pagar viagens aéreas e compras de carros de luxo.
+ Receba as principais notícias de Santa Maria e região no seu WhatsApp
De acordo com Lima, os recursos eram desviados diretamente das contas convênios, que deveriam ser aplicados na saúde pública. Os valores estavam sendo utilizados pelos investigados para fins não relacionados à saúde.
- Durante a investigação, observamos desde compras de passagens aéreas internacionais de primeira classe, pagamento de veículos de luxo, compra de ingressos para eventos entre outras compras sem relação alguma com a execução do contrato - disse o delegado.
O inquérito, instaurado em janeiro de 2024, notou que uma empresa que presta serviços relacionados à saúde alcançou diversos contratos públicos, atingindo diversas cidades do país.
- Identificada vítima de acidente em rodovia da região
- "Vou colocar uma estátua do Coronel Brilhante Ustra em Santa Maria”, diz vereador de Porto Alegre
- O grupo criou uma sistemática de desvios de recursos públicos principalmente por empresas de fachada, com pouca ou nenhuma estrutura, e logo depois os valores eram repassados aos sócios deste grupo - finalizou.
Relembre a operação
A Polícia Federal deflagrou na manhã desta terça-feira a Operação Paralelo Cinco, que investiga um suposto esquema de desvio de recursos públicos da saúde em municípios do Rio Grande do Sul e de São Paulo.
Entre as cidades alvo, estão Jaguari e Santiago, na região. Na ação, foram cumpridos 24 mandados de busca e apreensão e dois de prisão preventiva, além do sequestro (bloqueio) de 14 imóveis, apreensão de 53 veículos e uma embarcação, e o bloqueio judicial de valores que podem atingir R$ 22,5 milhões.
Jaguari
Na cidade da região, foram cumpridos quatro mandados de busca e apreensão e determinada intervenção no hospital municipal, que estava sob gestão da organização social investigada.
A prefeitura de Jaguari emitiu nota para esclarecer que mantém contrato de prestação de serviços com o hospital, mas não é alvo da investigação, e anunciou que irá nomear um interventor para garantir que os atendimentos à população não sejam prejudicados.
Santiago
No município, foi cumprido um mandado de busca e apreensão, sem registro de prisões, relacionado ao caso do Hospital de Jaguari. As ações fazem parte de um inquérito iniciado em janeiro de 2024, que apura a atuação de empresários de Porto Alegre na gestão de complexos de saúde, entre eles a instituição de Jaguari.