Foto: Alice Pozzobon Rodrigues (Divulgação)
Cerimônia de encerramento celebrou a produção audiovisual e anunciou a criação da Bienal de Cinema de Santa Maria, que ocorrerá em anos ímpares junto ao festival.
Mais de 30 artistas e profissionais do audiovisual foram premiados na noite deste sábado (1º) durante a cerimônia de encerramento da 17ª edição do Santa Maria Vídeo e Cinema (SMVC). O evento, realizado no Auditório da Cooperativa dos Estudantes de Santa Maria – Cineclube Lanterninha Aurélio (Cesma), no Centro, marcou o fim de uma semana dedicada à exibição de filmes, debates e encontros, reafirmando o papel do festival como um dos principais espaços de difusão e valorização do cinema no Rio Grande do Sul.
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Os filmes participantes foram avaliados por um júri composto pelo cineasta Axel Monsú, pelo jornalista e presidente da Associação de Críticos de Cinema do Rio Grande do Sul (ACCIRS), Daniel Rodrigues, pelo diretor de fotografia Giovane Rocha, pela cineasta e professora da Escola Internacional de Cinema e TV de San Antonio de los Baños (Cuba), Juana Miranda González, e pela atriz Manuela do Monte. O grupo analisou as produções inscritas nas categorias Mostra Nacional Competitiva de Curtas-Metragens e Mostra Sinprosm de Curtas-Metragens de Santa Maria e Região, que juntas contemplaram mais de 30 realizadores com prêmios e menções honrosas.
Veja, abaixo, a lista completa de vencedores:
Prêmios Especiais da Organização do Festival
Prêmio Clayton Coelho de Direitos Humanos:
“O Nome da Vida”, de Amanda Pomar.
Prêmio Luiz Roese, da Associação de Familiares de Vítimas e Sobreviventes da Tragédia da Boate KISS:
“A Um Gole da Eternidade”, de Paulo Ricardo de Moraes e Camila de Moraes.
Prêmio Isadora Vianna Costa:
“O Céu Invisível”, de Robson Santos Rosa, Max Frutuoso, Jamille Marin e Júlia Urach.
Prêmio Cineclube Lanterninha Aurélio:
“Correnteza”, de Diego Müller e Pablo Müller.
Prêmio do Júri da Crítica
Mostra Sinprosm de Curtas de Santa Maria e região
Pela ousadia tanto estético-visual quanto da proposta temática, pela qual é possível identificar empatia do cineasta para com um grupo social e etário diferente do qual este pertence, e também pelo visível amadurecimento evolutivo em aspectos de linguagem cinematográfica do cineasta em relação à sua própria obra, o prêmio do júri da crítica na Mostra Santa Maria e Região do 17° Santa Maria Vídeo e Cinema vai para “O Amanhã de Ontem”, de Fabrício Koltermann.
Mostra Nacional Competitiva de Curtas-Metragens:
Com uma câmera ao mesmo tempo onipresente, mas que parece inexistente, dada a capacidade de se integrar à ação dos personagens, e por tratar de forma sensível e cinematograficamente apurada a difícil realidade de mulheres na inóspita região da fronteira do Rio Grande do Sul com a Argentina, o prêmio do júri da crítica na Mostra Nacional do 17° Santa Maria Vídeo e Cinema vai para “Chibo”, de Gabriela Poester e Henrique Lahude.
Prêmio Rede Sina, pelo tema social:
“Chache Lavi”, de Clementino Júnior.
Mostra Sinprosm de Curtas de Santa Maria e região
Menções honrosas
Menção 1:
Por resgatar a memória de uma personalidade local em defesa de valores democráticos, mesclando linguagens narrativas, o júri concede menção honrosa a “Cartas de Felippe”, de Marcos Borba.
Menção 2:
Por evidenciar afetivamente um espaço coletivo e social importante para Santa Maria numa abordagem sensível e humana, o júri concede menção honrosa a “Morada”, de Neli Mombelli.
Menção 3:
Pela narrativa que desconstrói símbolos da masculinidade, apostando numa encenação ousada, o júri concede menção honrosa a “O Churras”, de Maurício Canterle.
Melhor Desenho de Som:
Guilherme Wallau, “O Churras”.
Melhor Direção de Arte:
Camila Marques, “O Amanhã de Ontem”.
Melhor Trilha Sonora Original:
Márcio Echeverria Gomes, “Cartas de Felippe”.
Melhor Montagem:
Marcos Oliveira, “Para Que Eu Não Esqueça”.
Melhor Direção Fotografia:
Marcos Oliveira, “Para Que Eu Não Esqueça”.
Melhor Roteiro:
Fabrício Koltermann, “O Amanhã de Ontem”.
Melhores Interpretações:
Ida Celina, por “O Amanhã de Ontem”.
Henrique Ávila, por “Para Que Eu Não Esqueça”.
Melhor Direção:
Fabrício Koltermann, “O Amanhã de Ontem”.
Melhor Curta da Mostra de Santa Maria e Região:
“O Amanhã de Ontem”, de Fabrício Koltermann. Além do troféu Vento Norte, o filme recebe o Troféu do Metropolitano RS – Ecossistema Audiovisual.
Mostra Nacional Competitiva de Curtas-Metragens
Menções honrosas
Menção 1:
Pela proposta formal corajosa sobre uma temática delicada e universal e pela memória de Jean-Claude Bernadet, o júri concede menção honrosa a “A Última Valsa”, de Fábio Rogério e Jean-Claude Bernardet.
Menção 2:
Por trazer ao público uma problemática urgente sobre a emigração, a xenofobia, o racismo, e também por sensibilizar as diferentes manifestações sobre esta problemática, que atinge a toda a humanidade, o júri concede menção honrosa a “Cache Lavi”, de Clementino Júnior.
Menção 3:
Por fazer o resgate de uma memória coletiva de um momento histórico e político do Brasil a partir de uma memória afetiva e familiar, o júri concede menção honrosa a “O Nome da Vida”, de Amanda Pomar.
Melhor Desenho de Som:
Thaís Rizzo, “Bicicleta Vermelha”.
Melhor Direção de Arte:
Gabriela Burck e Eder Ramos, “Flor”.
Melhor Trilha Sonora Original:
João Castanheirae Lucas Borges, “O Nome da Vida”.
Melhor Montagem:
Mateus Ramos e Raoni Ceccim, “A Borda da Vida”.
Melhor Direção Fotografia:
Henrique Lahude, “Chibo”.
Melhor Roteiro:
Maylon Romes, “O Que Fica de Quem Vai”.
Melhores Interpretações:
Julia Almeida, pelo curta-metragem “Flor”.
Dyio Coêlho, de “O que fica de Quem Vai”.
Melhor Direção:
Gabriela Poester e Henrique Lahude, “Chibo”.
Melhor Curta de Animação:
“Lagrimar”, de Paula Vanina.
Melhor Curta Documental:
“A Borda da Vida”, de Camila Bauer.
Melhor Curta de Ficção:
“O que fica de quem vai”, André Zamith e Vinícius Cerqueira.
Melhor Curta da Mostra Nacional:
“Chibo”, de Gabriela Poester e Henrique Lahude.
Além do troféu Vento Norte, o filme recebe o Troféu do Metropolitano RS – Ecossistema Audiovisual.
Troféu Vento Norte
O Troféu Vento Norte entregue nas homenagens e premiações é uma réplica da obra eólica da artista Ana Norogrando. A obra está localizada no Largo da Locomotiva, no Jardim da Biblioteca Pública Municipal Henrique Bastide, de Santa Maria. O nome também é uma referência ao nome do primeiro longa-metragem do Rio Grande do Sul, lançado em 1951 e dirigido por Salomão Scliar.
O SMVC
O SMVC nasceu em 2002 para valorizar a produção audiovisual local e nacional. As primeiras 11 edições foram seguidas por um breve hiato, entre 2014 e 2016. Em 2017, o evento foi retomado com uma retrospectiva de sua trajetória e, em 2021, passou a figurar no Calendário Oficial de Eventos do Estado do Rio Grande do Sul.