"Vaia, para mim, é o último recurso", afirma vice-prefeita de Santa Maria sobre manifestações de professores no lançamento do programa Cidade Educadora

Foto: Beto Albert (Arquivo/Diário)

Durante entrevista ao programa Bom Dia, Cidade, da rádio CDN, nesta terça-feira (2), a vice-prefeita de Santa Maria, Lúcia Madruga, falou sobre a adesão do município à categoria de Cidade Educadora prevista na Carta das Cidades Educadoras, elaborada pela Associação Internacional de Cidades Educadoras. Ela também respondeu às críticas feitas pelo Sindicato dos Professores Municipais (Sinprosm), que realizou um protesto na segunda-feira (1º), em frente ao Theatro Treze de Maio, onde ocorreu a cerimônia de lançamento do programa. 

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Segundo Lúcia, o programa integra uma rede criada nos anos 1990 e com sede em Barcelona (Espanha), que busca reconhecer a cidade como espaço educativo em todos os ambientes, não apenas em escolas. Além do Executivo, outros setores da sociedade estão convidados a colaborar de maneira a satisfazer a proposta, como descreve Lúcia:

— Uma cidade que educa em todos os seus espaços, ela pode ser educadora em uma praça, em um bairro, em uma associação, em um clube, em uma rua. Por entendermos essa vocação de Santa Maria, criamos esse grupo até que este ano conseguimos essa certificação


Ações possíveis  

Entre os exemplos de iniciativas que podem compor o programa, a vice-prefeita citou campanhas de conscientização sobre descarte correto do lixo, projetos de combate à violência contra a mulher e atividades de educação para o trânsito. 


– Vamos pensar uma questão que muito incomoda a todos em Santa Maria, que é a questão do cuidado com o lixo na rua. Pode ser uma ação educadora que não, necessariamente, seja só da prefeitura, mas que seja uma ação abrangente na cidade como um todo, com instituições que trabalhem sobre isso, com todas as demandas que a gente puder trazer – exemplifica. 


Protesto do Sinprosm

O dia do lançamento foi escolhido para a manifestação dos professores municipais, que questionam se os princípios previstos pelo programa fazem parte da comunidade santa-mariense. Confrontam o título com os impasses salariais, previdenciários e a falta de servidores na educação municipal. Em resposta, a vice-prefeita, que foi secretaria de Educação nos últimos quase oito anos, disse considerar o movimento legítimo, mas avaliou como “inadequado” o uso de vaias durante a solenidade sobre o programa: 

— Sempre considerei e considero legítima toda a manifestação e todo o movimento que venha em busca de uma causa e que tenha credibilidade. O que me parece assim que fica um pouco inadequado é quando você usa a vaia, porque a vaia, para mim, é o último recurso, quando não se tem nenhuma possibilidade. E, no caso em Santa Maria, é bem importante que toda a população saiba, que o nosso prefeito (Rodrigo Decimo) nunca fechou as portas, nunca disse que não fará o encaminhamento das demandas dos professores no momento em que a cidade estiver em condições de fazer isso – finalizou Lúcia.   


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