Das 86 escolas da rede municipal, cinco paralisaram totalmente as atividades no primeiro dia da greve dos professores

Das 86 escolas da rede municipal, cinco paralisaram totalmente as atividades no primeiro dia da greve dos professores

Foto: Beto Albert (Arquivo/Diário)

Após o indicativo de greve do Sindicato dos Professores Municipais de Santa Maria (Sinprosm) a partir desta quarta-feira (5), a rotina de professores de escolas municipais de Santa Maria foi alterada. A adesão à greve não é obrigatória, ou seja, cada instituição e docente decide se irá paralisar ou não. Por isso, durante o dia, muitos pais e alunos contataram diretamente as escolas para obter informações. Conforme a Secretaria de Educação (Smed), em nota divulgada às 19h30min desta quarta, as 86 escolas da rede foram consultadas pela prefeitura para verificar se aderiram ou não, das quais 55 retornaram as informações. Destas, cinco estão totalmente paralisadas e 17 estão parcialmente em greve, ou seja, quando apenas alguns servidores aderem à paralisação, mas o atendimento aos alunos na escola permanece.


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A pasta reforça que respeita o movimento dos professores e acompanha os desdobramentos da greve. Além disso, também destaca que a partir do levantamento feito após cada paralisação, irá elaborar um cronograma de recuperação de atividades letivas, tendo a garantia dos 200 dias letivos e das 800 horas-aula da rede municipal.


Os motivos da greve
Em protesto contra a proposta de Reforma da Previdência enviada pela prefeitura à Câmara de Vereadores na segunda-feira (3), o sindicato decidiu que após 48 horas do protocolo oficial a greve estaria em vigor. O Sinprosm classifica o projeto como "injusto" e "tecnicamente frágil", afirmando que ele penaliza os servidores pela "má gestão" do déficit do IPASSP. Segundo o sindicato, a proposta aumenta o tempo de contribuição, eleva as alíquotas e reduz garantias dos servidores, especialmente de aposentados e mulheres.

A entidade também acusa a Secretaria de Educação de tentar coagir diretores de escolas a informarem o número de grevistas, o que configura, segundo o Sinprosm, prática de coerção e afronta ao direito constitucional de greve.


Confira a nota divulgada pela Smed nesta quarta:

"A Secretaria de Educação (SMEd) de Santa Maria respeita o movimento dos professores e acompanha os desdobramentos conforme o andamento da greve, como fez nas demais paralisações da categoria.

Até as 19h desta quarta-feira (5), a SMEd coletou informações de 55 escolas das 86 escolas da Rede Municipal de Ensino (RME). Destas 55, cinco estão totalmente paralisadas e 17 estão parcialmente em greve - quando apenas alguns servidores aderem à paralisação, mas a escola permanece com atendimentos aos alunos.

A SMEd destaca que a busca de informações sobre a adesão à greve total ou parcial por parte das escolas da RME é de caráter administrativo, pois serviços, como transporte escolar, precisam ser organizados. O levantamento da pasta é essencial para a organização enquanto mantenedora das instituições de ensino da Rede Municipal.

A partir de levantamento feito após cada paralisação, a SMEd elabora o cronograma de recuperação das atividades letivas, tendo a garantia do cumprimento dos 200 dias letivos e das 800 horas-aula nas escolas da Rede Municipal de Ensino."


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