Foto: Laboratório de Pesquisas Químicas e Farmacêuticas /Divulgação/UFSM
O solo de Caçapava do Sul é rico em elementos de 'terras raras'. São rochas de carbonatito com importância econômica, pois podem ser usadas em ligas metálicas para produção de chips de celulares, motores elétricos, turbinas eólicas, satélites e mísseis. Esses materiais não são raros, mas dificilmente são encontrados de forma concentrada em um único lugar. E é nesse ponto que a cidade da Região Central se destaca.
As ‘terras raras’ ganharam o noticiário internacional com a manifestação de interesse do governo norte-americano nas reservas do Brasil, da China e da Ucrânia e da Groenlândia.
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Até o momento, sabe-se que amostras de solo e vegetação indicam concentrações de terras raras até nove vezes maiores que em outras regiões do Brasil, doze vezes maiores que em solos de Cuba, e seis vezes maiores que em solos chineses.
O estudo, coordenado pelo professor Marcelo Barcellos da Rosa (UFSM), do Departamento de Química da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM),visa potencializar o desenvolvimento industrial da região e segue em andamento até dezembro de 2026. A investigação é realizada em conjunto com o Departamento de Geociências da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e curso de Geologia da Universidade do Pampa (Unipampa – Campus Caçapava).
Cenário
Apesar do Brasil deter cerca de 23% das reservas mundiais de terras raras (~21 milhões de toneladas), ainda não possui estrutura de produção e refino em escala industrial — atividades hoje monopolizadas pela China, que possui cerca de 49% das reservas globais e lidera o processo de beneficiamento.
A pesquisa pode contribui para que haja políticas industriais eficazes, infraestrutura e tecnologia adequada para o avanço no campo.
Material completo no site da Universidade Federal de Santa Maria.
*Com informações da UFSM
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