Foto: Vinicius Becker (Diário)
Um mês após o início dos trabalhos, as obras de reconstrução das novas pontes sobre os arroios Grande e Barriga, na RSC-287, avançam com a conclusão da etapa de construção dos aterros. A informação foi divulgada pelo governo do Estado, por meio da Secretaria da Reconstrução Gaúcha (Serg), que acompanha os serviços realizados pela concessionária Rota de Santa Maria (Grupo Sacyr).
A rodovia foi uma das mais afetadas pela catástrofe climática de 2024, e o tráfego nos locais das pontes destruídas vem sendo mantido por estruturas metálicas provisórias instaladas pelo Exército Brasileiro. Mesmo com o avanço das obras, a continuidade do trânsito está garantida, segundo a concessionária.
Situação em cada ponto

- Arroio Grande (Km 226, Santa Maria): Os trabalhos estão na fase de limpeza e construção do aterro, etapas que preparam o terreno para o início das fundações da nova ponte. Serão construídas duas novas estruturas no local, cada uma com 11,1 metros de largura e mais de 60 metros de comprimento. Além disso, 800 metros de pista serão duplicados e elevados em aproximadamente 2 metros. O investimento estimado é de R$ 60 milhões, com previsão de conclusão total em 12 meses (primeira ponte em 5 meses, segunda em mais 7 meses). Mais de 150 trabalhadores atuam no local.
- Arroio Barriga (Km 167, entre Novo Cabrais e Paraíso do Sul): Nesta frente, já ocorreu a ampliação do desvio existente e a construção de aterros em rocha. O projeto prevê uma nova ponte com 12 metros de largura e mais de 50 metros de comprimento. A pista também será elevada em cerca de 2 metros, utilizando 11 mil m³ de aterro em pedra para maior resiliência a futuras cheias. O investimento estimado é de R$ 20 milhões, com prazo de conclusão de cinco meses e cerca de 100 trabalhadores envolvidos.
Agilidade na reconstrução
O secretário da Reconstrução Gaúcha, Pedro Capeluppi, destacou a importância da parceria com a iniciativa privada para agilizar a recuperação da infraestrutura.
– Quando fizemos uma parceria com a iniciativa privada na concessão de estradas, estamos buscando ampliar investimentos, garantir as obras necessárias e uma maior agilidade na execução dos trabalhos. É o caso da RSC-287, que foi severamente afetada pela enchente e já tem trechos duplicados e as obras de novas pontes resilientes avançando – afirmou o secretário.
As pontes metálicas provisórias do Exército serão desativadas e removidas após a entrega das novas estruturas definitivas.