Foto: Rian Lacerda (Diário)
O carregador rápido para carros elétricos que funcionava na Praça Dr. Astrogildo de Azevedo (conhecida como Praça do Caridade) foi retirado do local no dia 13 de agosto. A remoção ocorreu após uma tentativa de furto do cabo principal do equipamento, que foi serrado. O carregador, que pertencia a um projeto de pesquisa da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), não tem previsão de retorno e, agora, virou objeto de estudo para alunos.
O equipamento estava instalado na Rua José Bonifácio e era muito utilizado por condutores de carros elétricos de Santa Maria, em especial, motoristas de aplicativo.
O que diz a UFSM

Segundo a professora e pesquisadora da UFSM, Luciane Neves, responsável pelo projeto, a tentativa de furto danificou o equipamento para o uso público.
– Houve uma tentativa de furto do cabo. Tentaram serrar o cabo, que é de bitola bastante grossa. Quando o carro elétrico da universidade foi carregar ali, houve um curto-circuito no momento da conexão, e a proteção do carro atuou – explica a professora.
Com o dano, o equipamento foi levado para um laboratório da universidade.
– O carregador está no laboratório conosco, sendo utilizado para que os alunos conheçam e identifiquem os problemas – conclui Luciane.
Não há perspectiva de que o equipamento seja novamente instalado no local
A Unicred Ponto Capital, uma das três empresas que adotaram a praça, confirmou que a retirada foi motivada pela tentativa de furto. Luciano Martins, gerente administrativo da cooperativa, relata que, além do vandalismo, o mau uso do equipamento por parte de alguns motoristas era um problema recorrente.
– Após reclamações de que o carregador não estava funcionando, percebemos que o cabo estava parcialmente rompido. Por segurança, desligamos o disjuntor. Depois, em um teste com a professora Luciane, ao religar e conectar o carro, houve um estouro, um curto-circuito, pois os fios estavam rompidos. Para não expor mais ninguém e evitar novas reclamações, retiramos o equipamento e toda a identificação do projeto – detalha Martins.
Ele reforça que o uso indevido era constante.
– Tínhamos um problema com o aumento de veículos elétricos, principalmente de aplicativo. Muitas vezes, as pessoas, para economizar, colocavam o veículo ali e usavam como estacionamento, inclusive. Largavam o carro carregando e esqueciam que outras pessoas poderiam estar precisando – conta Martins.
Um segundo carregador, de carga lenta, permanece em funcionamento na Rua Pinheiro Machado. Este, inclusive, já havia sido danificado por mau uso no passado e precisou ser substituído. Segundo Martins, enquanto o equipamento retirado carregava um veículo em cerca de uma hora, o que continua em operação leva de duas a três horas para uma carga completa.
As empresas Unicred Ponto Capital, o Hospital de Caridade Dr. Astrogildo de Azevedo e a Unimed Santa Maria são responsáveis por todo o cuidado do espaço, que foi inaugurado em 2022, pelo período de 10 anos, podendo ser prorrogado.