Foto: Vatican News (YouTube/Reprodução)

Com a morte do papa Francisco aos 88 anos nesta segunda-feira (21) se inicia o processo para a escolha de um novo pontífice. Há agora ainda nove dias de luto. O enterro do papa é entre o quarto e o sexto dia da morte.
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O processo
A partir da morte de Francisco, o cardeal camerlengo, título dado ao responsável por assumir as funções do papa após sua morte, o irlandês Kevin Joseph Farrell, fica responsável por convocar um novo conclave para as próximas semanas. Todos os cardeais abaixo de 80 anos podem votar e devem comparecer ao Vaticano para a realização das conversas. No primeiro dia do Conclave, os cardeais celebram a missa na Basílica de São Pedro. As votações do conclave ocorrem na Capela Cistina. Os cardeais devem se reunir no Vaticano entre o décimo quinto e vigésimo dia após a morte do papa.
De momento, o Vaticano conta com 140 cardeais aptos a votar. Do grupo, sete são brasileiros aptos, incluindo o gaúcho Dom Odilo Scherer, de Cerro Largo, que atua como arcebispo de São Paulo, e o arcebispo de Porto Alegre, o catarinense Dom Jaime Spengler. Em dezembro de 2024, o papa Francisco nomeou 21 novos cardeais.
Cada cardeal escreve o nome daquele que deseja como papa com caligrafia não usual. Caso não haja uma decisão até o fim do segundo dia, o terceiro é dedicado à oração. A votação recomeça após esse período. O candidato precisa de dois terços dos cardeais para ser o novo papa.
Escolhido
As cédulas são queimadas e é possível ver fumaça pela chaminé da Capela Sistina. A fumaça preta mostra que a votação não foi concluída. Com a saída da fumaça branca é possível saber que houve a escolha de um novo papa.
Quem pode se tornar papa
Segundo a doutrina da Igreja, qualquer católico romano batizado e elegível para ordenação ao sacerdócio católico pode se tornar papa. Contudo, o cargo fica com aqueles que votam, que são os cardeais. Geralmente o número daqueles que escolhem o novo pontífice é limitado a 120, mesmo o número de aptos a votar ser maior.
O caminho de Francisco
Em 2005, o argentino participou pela primeira vez de um conclave, eleição para decidir o novo papa. Após a morte de João Paulo II, Joseph Ratzinger, que se tornou Bento XVI, assumiu o cargo, em uma decisão que teve Francisco como o segundo mais votado, como o mesmo conta no livro de entrevistas “El Sucesor”, do jornalista espanhol Javier Martínez-Brocal.
Em 2013, após a renúncia de Bento XVI, o argentino foi escolhido no segundo dia de conclave, após cinco votações.
