Foto: Mateus Rossato (Diário)
Um problema antigo voltou a mobilizar os moradores da Rua Idalvina Severo Lopes, na Vila Severo, próximo à Estância do Minuano, em Santa Maria. Há meses, a comunidade convive com esgoto a céu aberto, buracos, mau cheiro intenso e dificuldades de circulação. Situação que, segundo os moradores, já beira o insustentável.
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Na manhã de terça-feira (25), a reportagem esteve no local e constatou a cena: uma vala aberta no meio da rua, água suja escorrendo continuamente, risco de alagamento quando chove e obstáculos que dificultam até a entrada e saída dos moradores de suas residências. Para alguns, o problema já virou rotina.
Impacto

A aposentada Cenira Montagner, 76 anos, afirma que o esgoto rompe repetidas vezes e que as soluções apresentadas pelo poder público são apenas temporárias.
– Quando arrebenta, eles vêm, arrumam, mas logo estraga de novo. Este que está aqui fez um ano em outubro, então corre o água a céu aberto, forma valeta e a gente não consegue transitar – relata a moradora, enquanto mostra um dos buracos abertos na rura
O impacto vai além do incômodo: causa prejuízos e coloca a saúde dos moradores em risco. Em alguns pontos da rua, a água suja invade casas durante temporais. É o caso da aposentada Lúcia Lopes, 70 anos, que conta que a água barrenta entra pela sala e chega até a cozinha sempre que chove forte.
Quem trabalha na região também sofre as consequências. Um salão de beleza instalado na rua tem registrado queda no movimento, já que clientes evitam transitar pela área devido ao mau cheiro e à aparência do esgoto correndo a céu aberto. Morador da via há quatro décadas, o aposentado Valdemiro Weber, 66 anos, diz que a comunidade está cansada de esperar por uma solução definitiva.

– Há 40 anos moro aqui nesta rua e faz tempo que ligamos para a prefeitura. Fizemos um protocolo e eles não vêm fazer nada por nós. A vizinha ali embaixo teve que tapar um buraco para poder sair com um carro. A nossa rua está toda entupida de bueiros, o mau cheiro é horrível, principalmente quando tem um ventinho, aí é pior ainda – relatou o morador.
Os moradores afirmam que, apesar de inúmeros registros e pedidos de intervenção, ainda não receberam retorno efetivo da Prefeitura. Enquanto isso, continuam convivendo diariamente com o esgoto, o risco à saúde e a precariedade das condições de mobilidade.
O que diz
A reportagem entrou em contato com a prefeitura para obter informações sobre a demanda dos moradores da Rua Idalvina Severo Lopes, mas não obteve retorno até a publicação desta matéria. O espaço para a manifestação do poder público está aberto.