data-filename="retriever" style="width: 100%;">Foto: Eduardo Ramos (Especial/Diário)
Um telão vai transmitir o júri da Kiss a partir da próxima quarta-feira. No primeiro dia, a transmissão será na tenda da Associação dos Familiares de Vítimas e Sobreviventes da Tragédia de Santa Maria (AVTSM), na Praça Saldanha Marinho. Depois, as transmissões serão no Clube Comercial. A exibição tem apoio da prefeitura. O julgamento começa nesta quarta, no Foro Central I, em Porto Alegre.
Quais os cenários possíveis e o que pesa contra cada um dos réus no júri da Kiss
APOIO NO JÚRI
Cinco servidores do município vão até a capital gaúcha para acompanhar o julgamento. São três psicólogos e dois enfermeiros que irão acompanhar familiares das vítimas e sobreviventes. Eles foram escolhidos porque atuaram junto às famílias na época do incêndio e, desde então, acompanham os desdobramentos da tragédia. Os profissionais não irão todos de uma vez só. Eles irão se revezar em escalas para que em todos os dias de júri tenha alguém da equipe no local. As diárias serão pagas pela prefeitura de Santa Maria.
EM SANTA MARIA
Na cidade em que a tragédia ocorreu, o serviço do Santa Maria Acolhe, localizado na Rua Treze de Maio, número 35, no Bairro Centro, terá turno estendido de segunda a sexta-feira, das 17h às 21h, para prestar atendimento psicossocial para familiares e sobreviventes que precisarem desse tipo de auxílio. A população também pode buscar o Santa Maria Acolhe no horário normal de funcionamento do serviço, das 8h às 17h, que segue, paralelamente, com os demais atendimentos, relacionados a outras demandas.
Os profissionais da prefeitura fazem parte do coletivo que realizará uma série de atividades de cuidado com as chamadas "vítimas diretas e indiretas" da tragédia. Durante todos os dias, voluntários estarão à disposição da comunidade na tenda da Praça Saldanha Marinho e em um espaço reservado no Clube Comercial, na Rua Venâncio Aires.
VÍDEO: tudo o que você precisa saber sobre o júri da Kiss
O coletivo é composto por estudantes e profissionais vinculados a diferentes instituições, como universidades, movimentos sociais, secretarias de Saúde de Santa Maria, de Porto Alegre e de Canoas, secretaria de desenvolvimento Social de Porto Alegre, Secretaria Estadual da Saúde (SES), conselhos profissionais, Seção Sindical dos Docentes da UFSM, além de trabalhadores autônomos.
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O CASO
O incêndio ocorreu em 27 de janeiro de 2013, em Santa Maria. Morreram 242 pessoas e outras 636 ficaram feridas. O julgamento do processo foi transferido para a Comarca da Capital, por decisão da 1ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul. Inicialmente, o desaforamento (transferência de local) foi concedido a três dos quatro réus - Elissandro Spohr, Mauro Hoffmann e Marcelo de Jesus. Luciano Bonilha Leão foi o único que não manifestou interesse na troca (o julgamento chegou a ser marcado em Santa Maria) mas, após o pedido do Ministério Público, o TJRS determinou que ele se juntasse aos demais.
No processo criminal, os empresários e sócios da Kiss, Elissandro e Mauro, e os integrantes da Banda Gurizada Fandangueira, o músico Marcelo, e o roadie (encarregado pela troca de instrumentos) Luciano, respondem por homicídio simples (242 vezes consumado, pelo número de mortos; e 636 vezes tentado, número de feridos).