Mesmo com o frio da madrugada, a rotina começa antes do galo cantar no distrito de Boca do Monte

Mesmo com o frio da madrugada, a rotina começa antes do galo cantar no distrito de Boca do Monte

Foto: Rian Lacerda (Diário)

Mesmo com o frio intenso que marca todo o Rio Grande do Sul, a rotina na zona rural começa bem cedo. No Distrito de Boca do Monte, o termômetro sinalizava 6ºC quando a família Couto começava o dia ainda no escuro e antes mesmo do galo cantar nesta sexta-feira (30). Às 4h, a movimentação já tomava conta da propriedade localizada a cerca de 3 km da BR-287, no Corredor dos Rocha. Tradição familiar e leiteira na região, a rotina no campo, conforme os relatos, ajuda a espantar o frio. 


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Madrugadas geladas

Ordenha na propriedade familiar funciona antes mesmo do galo cantar Foto: Tales Trindade (Diário)

Produtores de leite há décadas, os Couto já começaram a enfrentar o frio diário desde a última quarta-feira (28). O fogo aceso para esquentar a água do chimarrão, o café da manhã reforçado e a ordenha de mais de 40 vacas marcam o início da jornada que se estende até a luz do dia aparecer.

Quem recebeu a reportagem por volta das 5h foi Carlos Rodrigo do Couto, 70 anos. Há cerca de 40 anos, ele mantém a produção leiteira com a família. Ao lado do filho, José Carlos do Couto, 44 anos, a ordenha já estava em andamento desde às 4h30min. Por mês, a propriedade chega a produzir 12 toneladas de leite.

Acostumado na​ lida desde jovem, José conta que o corpo já se adaptou ao frio do interior:


– A gente já está acostumado, né? Não tem diferença, acostuma. São vários anos na atividade, sem folga, todos os dias, então vai acostumando. O pai já faz 45 anos na atividade. E eu uns 30 anos. É um tempinho, né? Dá para acostumar com o frio – relata.


O pai concorda. Apesar de reconhecer que o frio dificulta sair da cama, Carlos destaca que o lado positivo é a produção maior do rabanho.


– Para as vacas, é melhor o frio, porque elas produzem mais. O calor diminui a produção e irrita as vacas. O frio é bom para vaca holandesa ou Jersey. Até uns 25°C, no máximo 28°C, também é uma temperatura tranquila – explica.


Enquanto pai e filho trabalham no galpão, Leonir Fátima do Couto, 66 anos, já prepara o café e cuida do fogão a lenha. Com o café na mesa e a ordenha terminada, ela assume o trato dos terneiros, galinhas e demais animais da fazenda. Sobre levantar cedo, não tem jeito o trabalho chama, explica ela: 


– Tem que levantar cedo. Se a gente quer sair, tem que levantar cedo e deixar tudo pronto. Temos que produzir, né? Se a gente fica dormindo até mais tarde, depois atrasa toda a produção – conta.


Temperaturas seguem baixas no fim de semana

Para passar o frio, o fogão a lenha é uma opção Foto: Tales Trindade (Diário)

De acordo com o meteorologista Gustavo Verardo, o tempo permanece frio e tende a diminuir ainda mais até a próxima segunda-feira (2). Com isso, as mínimas previstas podem variar entre 4°C e 6°C. 


Ainda no sábado (31), a mínima pode ser de 6°C. Para aqueles que acordam cedo, como a família Couto, o frio continua no domingo (1°) e na segunda (2) com temperaturas mínimas que variam entre 5°C e 6°C.  


O tempo muda a partir de terça-feira (3), quando a nebulosidade ganha o céu santa-mariense. Confira a previsão completa do tempo para o fim de semana aqui. 



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