No Dia do Gato, a história de quem descobriu o amor felino por acaso

No Dia do Gato, a história de quem descobriu o amor felino por acaso

Foto: Vinicius Becker (Diário)

Companhia em tempo integral: Matheus divide a rotina com seus quatro gatos, que participam ativamente do dia a dia no apartamento no centro de Santa Maria. Na foto, ele segura Panqueca no colo

Curiosos, companheiros e cheios de personalidade. Há quem goste e quem ainda não teve a oportunidade de conviver com eles. Nesta sexta-feira, 8 de agosto, é celebrado o Dia Internacional do Gato. A data foi escolhida pelo Fundo Internacional para o Bem-estar Animal (Internacional Fund For Animal Welfare - IFAW), em 2002, e é dedicada à conscientização das pessoas sobre as características e necessidades dos felinos.

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Mais do que companhia, os gatos acabam se tornando parte das histórias de quem vive com eles. Dividem rotinas, participam de momentos marcantes e constroem laços profundos — mesmo com quem nunca havia imaginado ter um felino em casa. É o caso do gestor escolar Matheus Castelan Pereira, que vive no centro de Santa Maria com quatro gatos adotados: Antonieta, Haruki, Panqueca e Paçoca. Eles ocupam não só os espaços do apartamento, mas também o coração do tutor.

— Eu acho que não existe Matheus sem os meus filhos, sem os gatinhos. Todo mundo que me conhece, conhece eles — afirma.

Foto: Vitória Parise (Diário)

Criado em uma família “cachorreira”, Pereira conta que nunca havia pensado em ter um gato. Até que uma visita à casa de um amigo apaixonado por felinos mudou sua percepção. De volta a Santa Maria, ele logo adotou Antonieta, a primogênita, que há 15 anos segue ao seu lado.

De lá para cá, a família só cresceu. Meses depois, ele adotou Napoleão, que morreu em julho de 2024, vítima de câncer.

Antonieta (à esq) e Napoleão (à dir) foram os primeiros gatos de Pereira. Registros de 2011 mostram eles ainda filhotesFoto: Arquivo Pessoal


Há dois anos, veio Haruki. Os irmãos Panqueca e Paçoca chegaram no novo lar há um ano. 

— Cada um tem uma personalidade bem distinta, bem assinalada. Gato é diferente de cachorro, exige confiança no dia a dia de deles. Somos uma sociedade que tem muito cachorro habitualmente, então, somos acostumados com o animal muito "dado", que vem, que lambe, que se esfrega... Mas gato já tem que ter o comportamento observado. Eles são extremamente carinhosos também, especialmente com seus tutores – acrescenta ele.

Reservada, Haruki encontrou na caixa de papelão o esconderijo ideal durante a visita da reportagemFoto: Vinicius Becker (Diário)


Para Pereira, conviver com gatos é também aprender a respeitar as individualidades e, com o tempo, identificar a personalidade única de cada um:

— Antonieta é a mais velha. Temperamental, inteligente e cheia de manias. Haruki é mais reservada. Os “guris”, Panqueca e Paçoca, são carinhosos, mas cada um ao seu estilo. Esses dias veio o técnico da internet aqui em casa e o Panqueca se esfregou nele. Já o Paçoca é mais espiado, não gosta de fazer carinho... Mas quando ele quer, ele é extremamente carinhoso.

Apesar da cara de brava, Antonieta é a mais apegada ao tutor. Aos 15 anos, é a primogênita da família felina. Temperamental, cheia de manias e muito carinhosa.Foto: Vinicius Becker (Diário)



Adaptação

Com o tempo, a rotina de Pereira foi sendo moldada à vida com os gatos. O apartamento onde vive, no centro de Santa Maria, hoje é completamente adaptado. Brinquedos interativos, caixas de papelão, arranhadores e telas nas janelas fazem parte da estrutura pensada para os animais. Tudo para o bem-estar não só dos felinos, mas também da casa.

— "Gatificar" a casa é fundamental tanto para saúde mental quanto para saúde física dos gatos. Adaptar algumas coisas também é importante para a manutenção da casa. Os gatos precisam instintivamente afiar as unhas. Então, por isso, mantenho caixas de papelão e arranhadores espalhados pela casa, para que eles não afiem os móveis. É importante ter tela nas janelas e locais mais sensíveis. Ter um gato exige uma programação do apartamento ou da casa em si, então, a gente precisa adaptar a casa aos instintos deles – avalia.

Na hora do sachê, Panqueca, Paçoca e Antonieta se reúnemFoto: Vinicius Becker (Diário)


Paçoca fugiu das câmeras e preferiu observar tudo de longeFoto: Vinicius Becker (Diário)


As plantas, outra paixão do tutor, também exigem atenção.

— Quando eu compro uma planta ou quando eu ganho uma mudinha, eu sempre pesquiso se ela não é tóxica. Eu só tenho plantas que não são tóxicas e eu tenho que cuidar para eles não escavarem. E coloco alguns obstáculos para eles não terem contato com a terra, como palha de coco ou palitinhos de churrasco, senão eles vão escavar, porque é da natureza do gato. Eles escavam para fazer suas necessidades, eles são extremamente instintivos — explica o tutor.


Ao fundo de Antonieta, é possível o vaso com palitos, tática criada pelo tutor para impedir investidas felinas nas plantasFoto: Vinicius Becker (Diário)


E mesmo com a rotina intensa de trabalho, ele garante que nunca se sente sozinho.

— Essa companhia deles é algo que já se consolidou na minha vida, no meu cotidiano. É algo que eu realmente acho que não conseguiria viver sem. Já sou acostumado de vir pra casa e eles já me recepcionam na porta. A gente já entra conversando, eles já entram pedindo comida. Eu não consigo pensar em chegar em casa em silêncio, sozinho, porque eu nunca estou sozinho com eles – relata ele.

Panqueca sempre pronto para um carinhoFoto: Vinicius Becker (Diário)


Sobre os cuidados com os gatos, Matheus compartilha dicas para quem pretende adotar


Desassocie o comportamento felino do canino:

  •  — É algo totalmente distinto – diz Pereira. Os gatos têm uma forma diferente de demonstrar carinho e exigem uma convivência baseada em confiança e observação.

Ofereça água em vários pontos da casa:

  • Como os gatos costumam ser preguiçosos para se hidratar, é importante espalhar potinhos de água por diversos cômodos.

Disponibilize mais de uma caixa de areia:

  • Para manter a saúde do trato urinário dos felinos, o ideal é que eles tenham acesso a diferentes caixas de areia, colocadas em locais distintos da casa.

Adapte o ambiente para eles:

  • Gatos gostam de arranhar, morder e explorar. Ter arranhadores, brinquedos ajuda a preservar os objetos da casa e garante o bem-estar do animal.

— Vale muito a pena adotar, especialmente quem tem uma vida mais dinâmica, mais urbana, que não tem tempo para passear muito, porque o cachorro tem algumas demandas maiores, então, vale muito a pena ter um gatinho, ter dois gatinhos. Eu sempre recomendo dois ou mais, para que eles não fiquem sozinhos. É uma companhia maravilhosa, eles são carinhosos, é um afeto que é incrível — finaliza Matheus.

Entre arranhadores, caixas e potinhos d’água, Matheus divide o lar e a rotina com seus quatro companheiros felinos.Foto: Vinicius Becker (Diário)


Além do dia 8 de agosto, existem outras datas para celebrar os felinos:

17 de fevereiro – Dia Mundial do Gato
Criado em 2002 pelo Fundo Internacional para o Bem-Estar Animal (IFAW), com o objetivo de conscientizar sobre os cuidados com os gatos e mostrar maneiras de ajudá-los e protegê-los.

8 de agosto – Dia Internacional do Gato

Estabelecido pelo IFAW em 2002, com foco na conscientização sobre a importância dos gatos na sociedade e cuidados responsáveis.

17 de agosto – Dia Internacional de Apreciação do Gato Preto
Criado para celebrar e apreciar a existência dos gatos pretos, além de ajudar a desmistificar as superstições que giram em torno da sua cor.

27 de outubro – Dia Nacional da Conscientização pelo Gato Preto

Comemorado globalmente, esta data visa destacar a beleza desses felinos e desmistificar os estereótipos em torno deles.

17 de novembro – Dia Nacional do Gato Preto (Brasil)

Estabelecido no Brasil para exaltar a beleza e o companheirismo dos gatos pretos, além de combater preconceitos associados a eles.

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