Foto: Vinicius Becker (Diário)
O projeto de lei sobre o pagamento do 13º salário aos servidores municipais também repercutiu entre os sindicatos. A coordenadora de Organização e Patrimônio do Sindicato dos Professores Municipais de Santa Maria (Sinprosm), Juliana Moreira, classificou como “absurda” a proposta. O projeto foi protocolado em regime de urgência na Câmara de Vereadores na manhã desta terça-feira (26).
+ Receba as principais notícias de Santa Maria e região no seu WhatsApp
Segundo a representante do sindicato, a proposta transfere ao servidor uma responsabilidade que deveria ser exclusivamente da administração municipal.
– É um absurdo o servidor ter que fazer um empréstimo para receber um direito que já é dele. A prefeitura diz que vai pagar os juros, mas que garantia a gente tem disso? Se não tem dinheiro agora para pagar o 13º, vai ter lá na frente para bancar essa conta? A reação foi de total revolta. Não é possível que a prefeitura tenha deixado chegar nesse ponto, obrigando o servidor a ir atrás de um direito que é seu – criticou.
Juliana destacou, ainda, o impacto direto na organização financeira das famílias. Conforme ela, os servidores contam com o salário extra para pagar contas, como o Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) e o Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana (IPTU).
– Todo trabalhador conta com o 13º para fechar o ano. A gente organiza a vida em cima desse valor. Agora eu estou tendo que escolher: ou faço um empréstimo para pagar essas despesas, ou aceito o parcelamento e sei que no ano que vem esse dinheiro vai "sumir" dentro do salário, porque o salário já não está dando para fechar o mês – relatou.
A coordenadora também lembrou que os servidores não tiveram reajuste salarial em 2025:
– Este ano não teve reajuste, nem para professores nem para os demais servidores. O salário já está defasado, e agora ainda vem essa insegurança com o 13º. As famílias estão desesperadas tentando entender qual é a melhor opção para conseguir receber aquilo que já é delas – afirmou.
Juliana informou que o tema será debatido em assembleia ainda nesta quarta-feira (26). Além disso, a categoria seguirá com a vigília realizada durante as sessões na Câmara de Vereadores.
Entenda o projeto de lei:
Leia também: