Transporte coletivo de Santa Maria vive “situação delicada”, diz presidente da ATU

Transporte coletivo de Santa Maria vive “situação delicada”, diz presidente da ATU

Foto: Vinicius Becker (Diário)

O telefone da Associação dos Transportadores Urbanos (ATU) de Santa Maria não tem parado desde que as empresas responsáveis pelo sistema de transporte coletivo sugeriram uma redução de 35% no serviço prestado. A medida, se autorizada, deve afetar o número de viagens e impactar diretamente o cotidiano de quem depende dos ônibus. O presidente da entidade, Luiz Fernando Maffini, explica os motivos para a proposta. 


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De acordo com Maffini,  o sistema de transporte coletivo de Santa Maria vive “uma situação extremamente delicada” e que pode entrar em colapso caso a prefeitura não aporte recursos imediatos.  As empresas já comunicaram ao município que não têm condições financeiras de pagar o 13º salário e o tíquete-alimentação dos funcionários, cujo vencimento ocorre em 20 de dezembro. A manifestação ocorreu em entrevista concedida nesta sexta-feira (12), após a entidade formalizar ao Executivo as condições atuais.


— Encaminhamos à prefeitura, à secretaria responsável e ao prefeito municipal a situação que estamos enfrentando. Ontem demos conhecimento também ao Conselho Municipal de Transportes. A precariedade chegou ao ponto de não conseguirmos honrar compromissos básicos com os trabalhadores — disse Maffini.


A entidade afirma que segue tentando diálogo com o Executivo e aguarda uma posição entre esta sexta (12) a próxima semana.


Pedido por subsídio e redução de horários 

Maffini explicou que, desde o início do ano, a ATU cobra do município o repasse de valores para compensar a diferença entre a tarifa técnica, calculada em R$ 7,65 em maio, e o valor cobrado atualmente, que é de R$ 6,50. Segundo ele, a defasagem inviabiliza o equilíbrio financeiro das empresas. Essa diferença seria pega pela prefeitura como subsídio, mas a indicação da prefeitura é que faltariam R$ 15 milhões destes recursos. 


Sem resposta da prefeitura, a entidade decidiu solicitar a redução do número de horários, medida considerada “extrema” e que pode impactar diretamente usuários e trabalhadores.


— Sabemos que isso afeta a vida do usuário e do trabalhador, mas é uma das poucas alternativas. Temos tentado evitar ao máximo, mas não há condições de manter a operação como está. A prefeitura precisa autorizar a redução ou aportar valores. Ficar de braços cruzados penaliza o transportador — confrontou Maffini. 


O Conselho Municipal de Transportes, porém, se manifestou contrário à redução. 


Risco de demissão e paralisação 

Se a redução de viagens for autorizada, o corte pode refletir também na diminuição do quadro de funcionários. Ele alertou ainda para o risco de interrupção do serviço, caso as distribuidoras suspendam o fornecimento de combustível por falta de pagamento.


— Se não honrarmos com os fornecedores, o crédito é cortado. E aí para tudo. A situação é perigosa. Não dá para o município esquecer que estamos transportando milhares de passageiros todos os dias. É uma responsabilidade social enorme. O sistema é solução para a cidade, não problema – alerta. 


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