75% dos pacientes precisam de um doador alternativo de medula óssea; dados desatualizados podem complicado processo

75% dos pacientes precisam de um doador alternativo de medula óssea; dados desatualizados podem complicado processo

Foto: Eduardo Ramos (arquivo/Diário)

A semana de mobilização para doação de medula óssea segue até o próximo domingo (14) em todo o país. A campanha, instituída pela Lei n° 11.930/2009, passou por mudanças em 2023, para facilitar a localização de doadores cadastrados no Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea (Redome). Para o Ministério da Saúde, esse ainda é um dos principais desafios enfrentados na corrida para salvar vidas.

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O transplante de medula óssea (TMO) é semelhante a uma transfusão de sangue e leva, em média, duas horas para ser realizada. A partir deste procedimento, é possível tratar doenças como leucemia, anemia aplástica, anemia de Fanconi, síndromes provocadas pela deficiência medular, linfomas, mieloma múltiplo, hemoglobinopatias, neuroblastomas, entre outras.

Entretanto, apenas cerca de 25% das famílias brasileiras contam com um doador ideal de medula óssea. Ou seja, 75% dos pacientes precisam de um doador alternativo, que será encontrado a partir dos registros de voluntários. É por conta desse e de outros motivos que o Redome é tão importante. O sistema, que conta com mais de 6 milhões de pessoas cadastradas, aumenta as chances dessas famílias.

Segundo a ferramenta coordenado pelo Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (Inca), no país, a chance de se identificar um doador compatível na fase preliminar de busca é de até 88% e ao final do processo, 64% dos pacientes têm este doador confirmado.

Em 2024, 291 transplantes de medula óssea foram realizadas no Rio Grande do Sul, segundo a Central Estadual de Transplantes. Um dos principais fatores é a conscientização da população sobre o tema. Os dados de 2025 ainda estão sendo fechados.

Voluntário

Dos mais de 6 milhões de voluntários cadastrados no Redome, 1.220.850 estão na Região Sul, sendo 387.067 em solo gaúcho. Para ser doador de medula óssea, basta se cadastrar em qualquer hemocentro do Estado.

Segundo dados do Redome, 14.052 voluntários se registraram para o processo no Hemocentro Regional de Santa Maria, sendo 400 apenas em 2025. Desde a publicação da Portaria 685/2021, a idade limite para se cadastrar no sistema passou para 35 anos. Porém, a mudança é referente apenas ao registro, uma vez que a faixa etária permitida para doação de medula óssea é de 18 a 60 anos.

Outros critérios também precisam ser considerados como boa saúde e não ter doenças infecciosas, neoplásticas, hematológicas ou do sistema imunológico.

Foto: Arianne Lima (arquivo/Diário)

Como funciona o processo

Para se cadastrar como voluntário, é necessário agendar um horário em qualquer hemocentro da sua região pelo site da Secretaria Estadual da Saúde. E na data escolhida, comparecer no local portando documento com foto. 

O doador também deverá assinar um termo de consentimento (abaixo), no qual se compromete com a causa e com as etapas a serem seguidas. Após a equipe do hemocentro realizar o cadastro, é feita a coleta uma amostra de sangue do doador voluntário que será enviada a um hospital autorizado para a realização do exame de histocompatibilidade.

Os dados e os testes serão incluídos no Redome. Caso haja paciente compatível com o voluntário, o sistema entrará em contato com o doador, que caso aceite a missão terá que fazer novos exames. Somente após todas as etapas concluídas, o voluntário poderá ser considerado apto e realizará a doação. O Redome orienta que o doador cadastrado mantenha sempre os dados no sistema atualizados. Afinal, esse ato simples também pode salvar vidas.

Foto: Arianne Lima (arquivo/Diário)

Cadastre-se no Hemocentro Regional de Santa Maria

  • Horário de funcionamento – De segunda a sexta, das 8h às 14h
  • Onde – Alameda Santiago do Chile, 35, Bairro Nossa Senhora das Dores
  • Agendamento – Pode ser feito pelo site da Secretaria Estadual da Saúde (www.rs.gov.br/carta-de-servicos)
  • Mais informações pelos telefones (51) 3287-2549 (recepção), (55) 98428-0011 e (55) 98169-0015 (ligação, telegram e WhatsApp) ou pelo @hemosmrs no Instagram

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