O 17 de maio também é o Dia Internacional contra a homofobia. Podemos dizer, inclusive, que esse é o dia de luta contra a homofobia, transfobia e bifobia. Essa data visa conscientizar a população sobre a luta contra a discriminação dos homossexuais, transexuais e transgêneros. Continuamos debatendo para desconstruir esse ódio e repulsa, buscando uma sociedade que respeite as pessoas, independentemente de sua orientação sexual.
Esse dia ficou estabelecido em memória à data em que o termo “homossexualismo” passou a ser desconsiderado, e a homossexualidade foi excluída da Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados com a Saúde (CID) da Organização Mundial da Saúde (OMS), em 17 de maio de 1990. Faz 31 anos que foi confirmado que não é doença e, portanto, não tem cura. Entretanto, para sua LGBTfobia tem tratamento. Procure informações, converse respeitosamente sobre o assunto, estude, assista a filmes que abordam a temática de maneira delicada e sensível (dicas de filmes no final desse texto). Enfim, não podemos mais aceitar que o nosso país permaneça nos primeiros lugares em números de assassinatos e violência contra pessoas LGBTI+.
Quando penso nos tantos casos de agressões e assassinatos praticados com essa população em nossa cidade, me questiono: Santa Maria abriga realmente todos e todas? Quais são as estratégias de proteção para pessoas que apresentam alguma diversidade de gênero? Como os pais e mães da população LGBTI+ conseguem apoio e orientação para enfrentarem e desconstruírem preconceitos já ultrapassados?
Pesquisa da Fundação Getúlio Vargas apontou que 73% dos estudantes LGBT já vivenciaram agressões verbais e com isso, obviamente, diminuíram seu rendimento escolar. Quando pensamos que Santa Maria é uma cidade para a qual as pessoas recorrem, geralmente, com a finalidade de frequentar os inúmeros estabelecimentos educacionais, fica a indagação: como estamos lidando com as questões que envolvem LGBTI+?
Percebemos que o assunto vem ganhando importância, tanto no meio acadêmico, na política e pela sociedade em geral. Porém, estamos longe de uma realidade aceitável. Relatos de bullying nas escolas, rejeições familiares e em outros espaços são uma constante em nosso meio.
Precisamos falar sobre LGBTfobia. Ficam aqui dicas de filmes para provocarmos uma conversa saudável e lutarmos por um futuro melhor para toda a nossa população: Orações para Bobby, Meninos não choram, Hoje eu quero voltar sozinho, Garota Dinamarquesa, O jogo da imitação, Milk, Tomboy, Orgulho e esperança. São apenas alguns dos filmes que abordam o conteúdo de forma sensível. Pegue a sua pipoca, se acomode no sofá e reflita. Vamos construir um mundo mais justo e menos preconceituoso.
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