1º Congresso Internacional de Vítimas de Queimaduras e Tragédias em Santa Maria debate avanços no tratamento e dá voz a sobreviventes

1º Congresso Internacional de Vítimas de Queimaduras e Tragédias em Santa Maria debate avanços no tratamento e dá voz a sobreviventes

Foto: Vitória Parise (Diário)

Abertura do 1º Congresso Internacional de Vítimas de Queimaduras e Tragédias, realizado no Auditório Wilson Aita, na UFSM, foi realizada nesta terça

O Auditório Wilson Aita, no Centro de Tecnologia da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), sediou na manhã desta terça-feira (2) a abertura do 1º Congresso Internacional de Vítimas de Queimaduras e Tragédias, promovido pela Associação dos Familiares de Vítimas e Sobreviventes da Tragédia de Santa Maria (AVTSM). O encontro reúne, até quarta-feira (3), sobreviventes, familiares, especialistas e autoridades para debater desafios da reabilitação física e psicológica, além de novos caminhos para o tratamento de queimaduras no Brasil.

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A solenidade de abertura foi marcada por homenagens. Antes do início da primeira mesa de debates, a Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul entregou sua maior honraria, a Medalha do Mérito Farroupilha, a Flávio José da Silva, presidente da AVTSM. A distinção foi entregue pelo deputado estadual Valdeci Oliveira, proponente da homenagem, que representou o presidente do Parlamento gaúcho, Pepe Vargas.

Entraga foi feita pelo parlamentar Valdeci Oliveira e a vice-reitora da UFSM, Martha AdaimeFoto: Vitória Parise


Ao Diário, Flávio destacou a importância de um espaço de troca de experiências entre sobreviventes e de divulgação de inovações no tratamento de queimados:

— O grande objetivo desse encontro é o compartilhar, é uma troca de experiências entre sobreviventes de várias tragédias com fogo e também a inovação dos tratamentos em queimados que trazem os especialistas dessa área. Vale ressaltar a ideia de trazer os sobreviventes, para trocar experiências, porque cada um deles tem uma história sobre a tragédia que os vitimou. Esse é um momento muito importante de ser compartilhado.

Ele também citou a incorporação da membrana amniótica ao tratamento de queimaduras, aprovada recentemente pela Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (Conitec). Segundo ele, a novidade representa um avanço significativo:

— Além de trazer custo praticamente zero para esse tratamento de queimados, é algo natural, que a própria natureza humana produz.

Para Flávio, o congresso não deve ser um evento isolado:

— É preciso que seja reforçada essa nossa política pública na área da saúde, porque temos visto vítimas de queimaduras que ainda têm restrição no acesso, principalmente às cirurgias plásticas reparativas.




Descentralizar os tratamentos é desafio e necessidade


Entre os palestrantes da primeira mesa esteve o médico ortopedista e traumatologista Humberto Palma, superintendente do Hospital Universitário de Santa Maria (Husm). A instituição foi fundamental para o tratamento de vítimas da Kiss à época, e aperfeiçoou o serviço ao longo dos anos.

 Ele ressaltou a necessidade de ampliar a oferta de tratamentos especializados fora da Capital gaúcha:

— Nós temos como estrutura de atendimento locais centralizados na Capital, e isso causa aos pacientes e aos familiares um transtorno muito grande. Este evento, além de trazer discussões sobre tecnologias e cuidados multidisciplinares, reforça a necessidade de descentralizar os cuidados desses pacientes.

Palma reforçou a importância da membrana amniótica, um dos grandes avanços para esse tipo de tratamento:

— É um tratamento extremamente difícil e caro para o Estado. A possibilidade de utilizar a membrana amniótica reduz barbaramente o custo do paciente, com a mesma eficiência dos produtos sintéticos. Isso é um ganho para o sistema de saúde, para os pacientes e para a criação de centros de tratamento em hospitais de grandes cidades do Interior.


Programe-se

O congresso segue até quarta-feira (3), com programação gratuita e aberta ao público. Interessados podem se inscrever para receber certificado de 30 horas complementares, mas a inscrição não é obrigatória para quem não deseja a certificação.


Programação de quarta

Manhã:

  • 8h50min – Início das atividades
  • 9h – 1ª Mesa: Carmen Lúcia Hartman e Cláudia Davidovich Nunez
  • 10h – Coffee break
  • 10h30min – 2ª Mesa: Dr. Jorge Cavagna e Dr. Eduardo Chem
  • 12h – Intervalo para almoço

Tarde:

  • 13h50min – Retomada das atividades
  • 14h – 3ª Mesa: Ana Paula Rodrigues, Rhafrezzya de Freitas, Maike dos Santos e Daniel Moraes
  • 16h – Coffee break
  • 16h30min – 4ª Mesa: Felipe Palácios, Maria Estela de Palácios, Gabriel Rovadoschi e Liane Righi
  • 18h – Encerramento do congresso

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