Foto: Gabriel Haesbaert (Diário)
Quem estava no Centro de Santa Maria na manhã desta terça-feira foi surpreendido por um buzinaço de caminhões que saíram em carreata pelas ruas centrais. Conforme um dos participantes da manifestação, cerca de 30 guincheiros e caminhoneiros da cidade saíram do Parque Pinheiro Machado por volta das 11h em direção à zona central.
_ Queremos ver se freamos essa alta impossível do diesel e a corrupção que toma conta do país - afirmou um dos participantes.
A carreata passa pelas vias Presidente Vargas, Rio Branco, Acampamento, Medianeira, ERS-509 (Faixa Velha de Camobi) e BR-287. O protesto acabou na RSC-287, no trevo de acesso a Santa Maria, logo após a Base Aérea.
O protesto pela alta nos preços dos combustíveis já toma conta de duas rodovias da Região Central: na BR-392, em Santa Maria e São Sepé, e na BR-290, onde há bloqueio da pista em São Gabriel.
GOVERNO ANUNCIA REDUÇÃO NA GASOLINA E NO DIESEL
Pressionado pelo protesto dos caminhoneiros no Brasil, o presidente Michel Temer se reuniu com ministros e representantes da Petrobras nesta mahã. O resultado da reunião é o anúncio da redução no preço dos combustíveis a partir de amanhã. Após a redução, o preço médio do litro da gasolina sem tributo nas refinarias será de R$ 2,0433, com queda de 2,08%. Em maio, o combustível acumula alta de 13,6%. O valor médio nacional do litro do diesel caiu para R$ 2,3351, 1,54% menor do que a medida atual de R$ 2,3716. No mês, o produto acumula alta de 10,6%.
Apesar de anunciar a redução dos combustíveis, o presidente da Petrobras, Pedro Parente, afirmou que "o governo nunca considerou mudar a política da Petrobras de reajuste de preços dos combustíveis". Ele participou da reunião com Temer e os ministros da Fazenda, Eduardo Guardia, e de Minas Energia, Moreira Franco nesta manhã, em Brasília.
_ Fui convidado para a reunião. Na abertura da reunião, foi logo esclarecido que de maneira nenhuma o objetivo seria o governo pedir qualquer mudança na política de preços da Petrobras _ disse, esclarecendo que os reajustes estão relacionados aos preços internacionais e ao câmbio.
Diante disso, a política de aumento de preços dos combustíveis ancorado no preço de mercado, vai continuar no Brasil, que não considera voltar à prática de reajuste programado, como era antes.