Foto: Vinicius Becker 9Diário)
Em um auditório que reuniu prefeitos, vereadores, representantes do Judiciário, de instituições de ensino e da sociedade civil, a Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul promoveu, nesta segunda-feira (11), em Santa Maria, o Fórum Democrático de Desenvolvimento Regional (FDDR). O encontro, realizado no auditório Wilson Aita, no Centro de Tecnologia da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), foi o quinto seminário regional do Fórum. Os trabalhos foram conduzidos pelo presidente da AL, deputado Pepe Vargas (PT).
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Quinta edição

Enquanto os participantes chegavam, a cantora santa-mariense Paola Matos, acompanhada de sua banda, realizou a abertura cultural do evento, com um repertório da MPB e músicas autorais.
Estiveram presentes o reitor da UFSM, Luciano Schuch; o deputado estadual Valdeci Oliveira (PT); prefeito Rodrigo Decimo (PSDB), o promotor César Augusto Carlan; a defensora pública regional Bruna Minussi Zanini e o vereador Givago Ribeiro (PSDB). O fórum contou ainda com a presença de gestores municipais de cidades como Dilermando de Aguiar, São Martinho da Serra e Novo Cabrais. Completaram o evento, representantes dos Conselhos Regionais de Desenvolvimento (Coredes), da Emater e do Consórcio de Desenvolvimento Sustentável da Quarta Colônia (Condesus Quarta Colônia).
A iniciativa faz parte do "Pacto RS 25 – O crescimento sustentável é agora", lema da gestão do presidente da Assembleia Legislativa. O objetivo, segundo a organização, é coletar propostas da comunidade para a reconstrução do Estado sob novos paradigmas diante da crise climática.
Apresentação de propostas
Quando o microfone do Fórum Democrático foi aberto ao público, as demandas da comunidade trouxeram à tona os principais desafios da Região Central, com propostas que foram desde a sustentabilidade no campo até a necessidade de mais recursos e participação popular nas decisões do Estado.
A pauta ambiental e o futuro do meio rural foram temas recorrentes. Participantes solicitaram a criação de políticas para controlar a deriva de herbicidas hormonais, que estariam prejudicando pomares e vinhedos na região, e apontaram preocupação com o uso do glifosato, relacionando o agrotóxico a problemas de saúde pública. A falta de mão de obra no campo também foi relatada como um problema urgente. Neste contexto, foi proposta a valorização e o investimento nos escritórios da Emater e nos departamentos de meio ambiente, para que tenham condições de realizar a fiscalização e dar suporte aos produtores.
No âmbito do desenvolvimento econômico, houve a defesa da união da região em torno de projetos estruturantes, como o Hub Logístico de Santa Maria. A principal crítica, no entanto, foi direcionada à Consulta Popular. Representantes de Conselhos Regionais de Desenvolvimento (Coredes) apontaram a insuficiência dos recursos destinados ao programa e o não pagamento de projetos aprovados em anos anteriores, gerando um "passivo" com os municípios.
Outros pontos levantados durante o debate incluíram:
- A necessidade de mais investimentos para o controle de zoonoses e para a causa animal;
- A preocupação com a possível perda de receita para pequenos municípios com a nova reforma tributária;
- A defesa da criação de mais mecanismos para garantir a participação da sociedade civil na fiscalização das políticas públicas.
Calendário

- 15/8 - Caxias do Sul – Seminário Regional
- 18/8 - 3º Grande Debate (indústria)
- 25/8 - 4º Grande Debate (agricultura e pecuária)
- 01/9 - Passo Fundo – Seminário Regional
- 08/9 - Lajeado – Seminário Regional
- 12/9 - 5º Grande Debate (desigualdades sociais)
- 15/9 - Osório – Seminário Regional
- 8/12 - Seminário Estadual – apresentação do relatório