Música, arte e cultura celebram o Dia da Consciência Negra em Santa Maria

Fotos: Beto Albert

Luta e resistência nas formas de arte, música e moda. Assim foi celebrado o Dia da Consciência Negra em Santa Maria. Na tarde desta quarta-feira (20), em que a data é feriado nacional pela primeira vez no país, foi realizado o evento “Tributo a Zumbi dos Palmares”, na Praça Saldanha Marinho.


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O nome do evento é uma homenagem ao líder quilombola, Zumbi dos Palmares, assassinado em 20 de novembro de 1695. Mais de três séculos depois, ele, que é um símbolo da resistência africana contra os portugueses, foi lembrado através de uma ampla programação com exposições, jogos, desfiles de moda e espetáculos. Conforme a enfermeira e presidente interina do Conselho Municipal de Promoção da Igualdade Racial (Compir), Leila Coutinho, o evento foi pensado para memorar a data junto à comunidade. Ela reforça, ainda, a importância do Dia da Consciência Negra e da praça repleta de pessoas que dançavam, cantavam e prestigiavam a cultura afro-brasileira.

Essa construção foi pensada por várias mãos. E ver a praça cheia é uma sensação que não tem explicação. É uma responsabilidade muito grande entregar esse espetáculo. O dia 20 é muito histórico. A gente precisa ter essa consciência porque é um dia de luta, de reflexão, mas é um dia também de festa – afirma Leila.

Leila esteve na organização do evento


Música, arte e cultura

No final da tarde desta quarta-feira, a comunidade era recepcionada no evento com boa música e cultura, em suas diversas formas. A cantora Evelíny Pedroso embalou a programação e foi a responsável por incentivar o samba no pé de quem estava no local. Foi a cantora, também, que promoveu a trilha sonora do desfile de moda afro com peças elaboradas pela estilista Daia Marcelino


– A partir da necessidade de ver a nossa cultura expressada cada vez mais, eu tive a ideia e comecei a criar. Eu seleciono as estampas e, com elas, crio as peças. E é maravilhoso em uma data tão importante para a gente, poder ter o trabalho exposto. É sinal da nossa liberdade, da nossa liberdade de expressão – comentou a estilista. 

Daia (blaser rosa) foi responsável por confeccionar as peças

Além de música e moda, a programação também contou com a exposição de 17 empreendimentos na Feira Preta, que acontecia em paralelo com as demais atividades. A Rosane Garcia da Silva, 59 anos, foi a responsável por levar cor e formas em formato de bijuterias. O trabalho, para o qual ela se dedica nos últimos quatro anos, é feito com madeira, tecido afro e materiais recicláveis:


– Eu uso vários materiais. E expor as artes é muito importante. Queremos mostrar que a nossa arte e a nossa cultura pode ser usada no dia a dia. 



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