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VÍDEO: a partir de 2021, Câmara será dominada por vereadores de centro e centro-direita

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data-filename="retriever" style="width: 100%;">Foto: Rafael Favero (Diário)

Popular "Casa do Povo" é, em essência, o pluralismo político da sociedade refletida no Legislativo. Via de regra, cabe a esse poder reproduzir, tanto quanto possível, a diversidade de interesses, valores e ideologias existentes na sociedade que ele representa. Em 15 de novembro, foram conhecidos os 21 vereadores que irão legislar na cidade entre 2021 e 2024. Desses, 10 são estreantes na Câmara, oito se reelegeram e outros três já ocuparam as cadeiras do plenário em outras épocas e retornam agora.

VEJA, EM DETALHES

O perfil dos vereadores que irão estrear na Câmara a partir de 2021


Pequenas mudanças que podem se desdobrar em avanços sociais puderam ser percebidas no pleito de 2020. Mas, ainda que a Constituição esclareça que qualquer cidadão pode lançar candidatura desde que preencha requisitos básicos, como estar no pleno exercício dos direitos políticos e ter filiação partidária, a competição em pé de igualdade é algo distante.

- O contexto sócio-histórico pode ser um dos fatores a ser elencado, visto que o espaço político partidário ainda é um jogo construído e mantido por homens e para homens. O cenário político de Santa Maria não se mostra diferente, uma vez que, neste último pleito municipal dentre os 21 vereadores, apenas quatro mulheres e um negro foram eleitos - avalia Andressa Mourão Duarte, cientista social e mestranda da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), que tem centrado suas pesquisas no campo da Ciência Política.

Ela entende que há muito a se avançar na busca por uma representatividade maior dos mais variados segmentos:

- Embora tenha avanços importantes para o acesso das mulheres e, recentemente, de negros aos espaços de tomada de decisão, ainda não é suficiente, visto a desproporcionalidade quando se trata de gênero e raça nas candidaturas e eleitos. A respeito das candidaturas LGBTQI+, o TSE passou a informar dados de candidaturas por nome social, no entanto não é suficiente para mapear e identificar as candidaturas dessas orientações sexuais.

AUMENTO QUE EMPOLGA

Longe de alcançar equidade entre homens e mulheres em cargos políticos, por exemplo, as candidaturas femininas vêm aumentando desde 2012, quando entrou em vigor a Lei 2.034/2009, que exige cotas de no mínimo 30% para cada gênero. Em Santa Maria, porém, dos 21 parlamentares, apenas quatro são mulheres, duas reeleitas, e outras duas estreantes, o que significa 19,5%, das cadeiras. O número significa uma redução de mulheres de uma legislatura para outra, já que, até o fim de 2020, a cidade tem cinco vereadoras.

O cenário é bem diferente do estabelecido na capital gaúcha no pleito deste ano. Isso porque Porto Alegre terá a maior representatividade feminina do país na câmara municipal a partir de 2021, com 30,55% de vereadoras. Para além disso, vale a reflexão: entre os eleitos negros, há apenas um vereador no Coração do Rio Grande. Chama atenção também o fato de Santa Maria ser cosmopolita nas urnas, pois sete dos eleitos nasceram em outras cidades.

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RADIOGRAFIA

Ainda no Raio-X da Câmara para os próximos quatro anos, é possível observar que, quanto à orientação sexual, há dois homossexuais, e os que se declaram heteros são ampla maioria. Já no pensamento político, o Legislativo santa-mariense tem cinco vereadores de centro e outros cinco de centro-direita. Esses são os posicionamentos predominantes. Em seguida, aparecem esquerda, centro-esquerda e direita, com três representantes cada, um que se declarou liberal e outro que preferiu não definir posicionamento.

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RELIGIÃO

O catolicismo impera entre os parlamentares, sendo a religião de oito deles. Entretanto, o espiritismo também aparece com força, com seis adeptos. Na nova composição da Casa, ainda há dois umbandistas, um luterano, um evangélico, um que se definiu com cristão e dois que não têm religião definidas.

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A maior pluralidade se observa nas bandeiras encampadas, entre elas: a causa animal, desburocratização, direitos LGBTQI+, esporte, além, é claro, de saúde e educação, demandas perpetuadas entre a comunidade.

Nos últimos dias, a reportagem do Diário conversou com cada um dos 21 vereadores e vereadoras. A maioria compartilhou percepções e reconheceu a importância de fazer jus à representatividade para além de causas próprias ou de nichos da sociedade (veja nas próximas páginas). Cabe, a partir de janeiro, acompanhar e cobrar desses que são a linha de frente da população a coerência entre seus discursos e suas ações. (

*Colaborou Rafael Favero

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